tag:blogger.com,1999:blog-36944958778436657152023-11-15T22:40:07.340-08:00Liderança e EstratégiaBlog dos cursos
"Liderança Corporativa" e "Estratégia em Ação"Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.comBlogger80125tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-29026448285644359282013-08-15T09:38:00.003-07:002013-08-15T10:56:49.704-07:005 ideias (incômodas) sobre a resiliência<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfqvMvQIK9QoBy550zV065sTRjJ6bNNMol_nSmyEi3sioYrMAyOlPw_d9yZgioPSOiXBcfEBTBcmtIs7_SS_58Z-jGpULWbnXhyOyO-VnxB8oKzazuj_Ot-412UtlEWffz6aIYZkDGNqmC/s1600/resili%C3%AAncia001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfqvMvQIK9QoBy550zV065sTRjJ6bNNMol_nSmyEi3sioYrMAyOlPw_d9yZgioPSOiXBcfEBTBcmtIs7_SS_58Z-jGpULWbnXhyOyO-VnxB8oKzazuj_Ot-412UtlEWffz6aIYZkDGNqmC/s320/resili%C3%AAncia001.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #351c75;">Você se considera "resiliente"? Se você anda atento à literatura de psicologia do trabalho ou mesmo à literatura "motivacional" que abarrota as frentes das livrarias de grife, provavelmente a sua resposta será um sonoro "sim", e é mesmo provável que esse "sim" venha acompanhado de um sentimento quase heróico de orgulho da sua auto-imagem, certo? Bem, vamos mostrar aqui cinco pontos de vista incomuns e provavelmente incômodos sobre o "fenômeno" da resiliência, vamos mostrar o que ela é do ponto de vista da sociologia do trabalho e da liderança estratégica. Um aviso aos mais sensíveis: Não será nada "heróico".</span><br />
<br />
<span style="color: #990000;">Ideia número 1: A resiliência como resposta perversa</span><br />
<br />
Acompanhando os discursos do mundo do trabalho e suas variações nas últimas duas décadas o que se <br />
pode perceber é que, para cada avanço em direção à valorização do ser humano, há uma reação agressiva em direção à valorização do lucro pelo lucro e do ambiente de trabalho como um espaço para a projeção de questões emocionais e psíquicas mal trabalhadas em outros meios e contextos. O mundo do trabalho acaba se mantendo como um espaço para purgarmos nossos demônios particulares, das mais diversas formas. Da mesma forma como o mundo privado pode se tornar, também, um espaço para projetarmos nossas frustrações do trabalho. É um simples deslocamento da energia que não flui numa área para uma outra área onde ela, por algum motivo conjuntural, pode fluir.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXyCuCOtbzQk_35i5Zl1-LTtlQJfWBUa5BAgDL4rg5WQWHJ68axUHUM45wRk4nuuARs1sbjStCoxkJAZL_0bwDaGF0Tt1NASD4Yvf2cVzGtbzqSecCYOCSnf44XHLI9scAMGAyHoqjtv4e/s1600/resili%25C3%25AAncia002.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXyCuCOtbzQk_35i5Zl1-LTtlQJfWBUa5BAgDL4rg5WQWHJ68axUHUM45wRk4nuuARs1sbjStCoxkJAZL_0bwDaGF0Tt1NASD4Yvf2cVzGtbzqSecCYOCSnf44XHLI9scAMGAyHoqjtv4e/s1600/resili%25C3%25AAncia002.jpg" /></a></div>
<br />
Os vocábulos da moda se reestruturam e se adaptam com uma rapidez voraz para esconder o fato simples e claramente visível de que as estruturas básicas de manipulação e controle procuram arduamente se manter intactas. Em 2007 fiz um extenso trabalho sobre o que até então era uma novidade no meio acadêmico brasileiro e na cultura organizacional: o assédio moral.<br />
<br />
Uma boa definição de assédi<br />
o moral está na wikipédia: "Assédio moral é a exposição do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. São mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigidas a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização."<br />
<br />
A essa época posturas humilhantes e degradantes de chefes sobre seus subordinados começavam a ser criticadas e, quis crer, de forma otimista, um perfil um pouco mais humano e centrado nas relações com o trabalho em si poderia começar a ser valorizado acima e à frente das projeções das frustrações pessoais e psíquicas dos chefes sobre seus subordinados. Cheguei a contabilizar casos em que uma situação de assédio moral foi julgada em favor do assediado em uma grande empresa multinacional. Claro que o assediador foi demitido tão logo tenha gerado ônus financeiro para a empresa.<br />
<br />
Eis que então surge a "resiliência", adaptada de um conceito que pertence à física diretamente para o comportamento humano. Aos olhos das relações de poderes entre empregados e empregadores a "resiliência" veio salvar o empregador que assedia moralmente seu empregado operando uma reversão da culpa! Agora, o empregado que não suportar a carga desumana de cobranças, trabalhos, prazos, humilhações e constrangimentos diários não é "resiliente" o suficiente para trabalhar naquela empresa. Percebe a reversão perversa?<br />
<br />
<span style="color: #990000;">Ideia número 2: A resiliência como adaptação superficial</span><br />
<br />
Ao contrário do que lemos nos livros, artigos e manuais de recursos humanos da moda, a "resiliência" não foi um conceito pensado para ser usado em relação a seres humanos. É um conceito da física que significa "propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora duma deformação elástica" (Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa). Parte de um pressuposto que pode ser aplicado a materiais inertes como a madeira, os metais e outros corpos desprovidos de vida, principalmente de vida íntima e psíquica.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxh1HJakK5xnq2s1XbW_Sze-JXh92vht6jno9S5t9S8pnJEeQER_9jofsb1RQIrw7xTi1hAmKYJlxomWJCCdOCEYEirCW-ZpyU1igRt81WVtJ1UelmKLJ7CxRldsuVcwV8I930ps9qKusr/s1600/resili%25C3%25AAncia003.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxh1HJakK5xnq2s1XbW_Sze-JXh92vht6jno9S5t9S8pnJEeQER_9jofsb1RQIrw7xTi1hAmKYJlxomWJCCdOCEYEirCW-ZpyU1igRt81WVtJ1UelmKLJ7CxRldsuVcwV8I930ps9qKusr/s1600/resili%25C3%25AAncia003.jpg" /></a>Não é porque um superior hierárquico deixou fisicamente de gritar no ouvido de um subalterno que a "pressão" oriunda daquela ação deixou de existir. Pelo contrário, a tendência é a de que ela se repita diversas vezes na forma de lembranças e, se não enfrentadas e ressignificadas de forma ativa ela vai se repetir em pesadelos, atos falhos e outros problemas de ordem psicológica. Seres humanos não são materiais inertes e conceitos da física não se aplicam às questões psíquicas nem à engenharia interna dos conflitos do trabalho.<br />
<br />
Talvez alguém, acostumado aos meus textos e íntimo dos meus estudos, vá citar Jung e seu extenso e incrível trabalho correlacionando a alquimia ao processo de individuação. É um desafio interessante e adianto desde já que a alquimia tanto na sua raiz chinesa quanto na sua raiz muçulmana, falava de transformações da matéria, de reestruturação íntima dos metais e correlacionava diversas fases com as fases de maturação da psique do ser humano. É um estudo mais profundo e mais delicado do que simplesmente forçar a resignação e a covardia sob um rótulo de "resiliência" e vender isso como uma grande qualidade, um "santo remédio" para as pressões psicológicas do mundo: "Seja "resiliente", suporte mais! Do contrário você é um fraco, um inútil, um inepto para as exigências do mundo do trabalho!" Percebe a perversidade do pensamento?<br />
<br />
<span style="color: #990000;">Ideia número 3: Você sabe o que é "resilir"?</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6er6Aq3ltjyZRCO96cXXspTrfpSIZ_gcnrzgUfdjhZly9nuWGp9S3eB9o-qAqLcXx-5Vy-ZDAuXEJLel89c6K-YRMsq70PLYLjNwu79ReWzLCGDqKFTDsMliGIyH3G3D5p66GP12uMlOp/s1600/resili%C3%AAncia005.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6er6Aq3ltjyZRCO96cXXspTrfpSIZ_gcnrzgUfdjhZly9nuWGp9S3eB9o-qAqLcXx-5Vy-ZDAuXEJLel89c6K-YRMsq70PLYLjNwu79ReWzLCGDqKFTDsMliGIyH3G3D5p66GP12uMlOp/s320/resili%C3%AAncia005.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
O interessante das pesquisas em dicionário é que vamos descobrindo novas questões. Logo abaixo do verbete "resiliência", temos o verbete "resilir" que é o verbo que, teoricamente, ligaria o conceito à ação. Pois bem, mais uma vez o Aurélio não deu nenhum respaldo às teorias da "resiliência heróica", aquela que vemos como uma grande qualidade nos best-sellers de recursos humanos e relações de trabalho.<br />
<br />
No dicionário o verbete "resilir" significa: "saltar para trás, retirar-se, desdizer-se". Não se parece muito com a leitura positiva que se faz da resiliência, como uma forma heróica de resistência a toda e qualquer pressão seja ela física, psicológica, emocional ou existencial oriunda das relações de trabalho. Me parece mais com covardia e resignação mesmo.<br />
<br />
<span style="color: #990000;">Ideia número 4: A quem interessa a "resiliência" vista como qualidade?</span><br />
<br />
O que me leva a pensar: A quem interessa funcionários covardes demais para processar empresas com políticas internas de assédio moral constante e institucionalizado? A quem interessa que os empregados sejam vítimas de uma tripla perversidade que primeiro os humilha diariamente, depois justifica a humilhação como uma forma de "treinamento da resiliência" dos seus funcionários e, para completar o quadro, chantageia o funcionário que queira lutar pelo seu direito de condições humanas no trabalho com ameaças de que ele será visto como "persona non grata" entre as demais empresas do Mercado caso ele reivindique administrativa ou judicialmente o seu direito de assegurar a sua dignidade pessoal?<br />
<br />
<span style="color: #990000;">Ideia número 5: Você vai resilir ou vai existir?</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgesZ3P9TSXqlBu1VrNkui0pWBZdYUvQP4rQrswjbBeBe44oVdUL5bcPnzECx9jaiAud6JS0JHBOk0a_k0f8hejjmOdV91JDWvFNQ4k_gMj2hGxjQyEhOcmXUAADuvx_ttgvqnFRHp9TUZM/s1600/resili%C3%AAncia004.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgesZ3P9TSXqlBu1VrNkui0pWBZdYUvQP4rQrswjbBeBe44oVdUL5bcPnzECx9jaiAud6JS0JHBOk0a_k0f8hejjmOdV91JDWvFNQ4k_gMj2hGxjQyEhOcmXUAADuvx_ttgvqnFRHp9TUZM/s320/resili%C3%AAncia004.jpg" width="252" /></a></div>
<br />
É preciso compreender que o mundo do trabalho é um mundo político, no sentido estrito do termo, é um mundo onde várias forças estão operando para a consecução de uma causa, seja ela materializada num serviço ou num produto. Claro que o interessante e o ideal é que haja uma co-operação, que todos operem no mesmo sentido, tendo em vista a mesma finalidade básica, mas esse ideal não pode nos cegar para o fato de que esse processo de convivência e co-produção não está isento da possibilidade (comum demais, até) de gerar toda sorte de conflitos que só podem ser eficazmente resolvidos se nenhuma das partes ficar eternamente criando "agendas ocultas" (metas ocultas) completamente alheias à própria finalidade do trabalho, porque dificilmente haverá quem defenda que a meta do trabalho seja destruir a saúde mental, física e emocional do trabalhador.<br />
<br />
O que me leva a questionar: você vai resilir ou vai existir?<br />
<br />
Por Renato Kress<br />
Diretor do Instituto ATENA<br />
<br />
Criador dos treinamentos:<br />
A Jornada do Herói<br />
A Arte da Guerra Oriental<br />
Métis: Liderança estratégica</div>
Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-13151036806743480082013-07-03T10:39:00.002-07:002013-08-14T13:49:34.465-07:00A dinâmica do Caos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZaMEUHdeXw3H-e8-7JiOL5ISUV0ecFvWeEQpOesTvQwMZeWk1xI9a77zyCbXNnu0APNXZhw7TawSxT12-95OBtUw4FnEfLcN2MSuPLU0fw8JRw5fYALg6-ZfIAH8YRpRc3iP2eNYIbLz7/s600/manifesta%C3%A7%C3%A3o+001.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZaMEUHdeXw3H-e8-7JiOL5ISUV0ecFvWeEQpOesTvQwMZeWk1xI9a77zyCbXNnu0APNXZhw7TawSxT12-95OBtUw4FnEfLcN2MSuPLU0fw8JRw5fYALg6-ZfIAH8YRpRc3iP2eNYIbLz7/s320/manifesta%C3%A7%C3%A3o+001.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />Os gritos e os silêncios<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tenho observado com atenção a dificuldade do meio acadêmico em geral em
lidar com os fenômenos sociais contemporâneos. Sociólogos, antropólogos,
cientistas políticos, filósofos, historiadores, geógrafos, psicólogos sociais,
todos parecem ter uma reticência enorme em relação às manifestações que tomaram
conta de vários países ao redor do mundo. Viciados que estão em rotular,
analisar e tentar, por esses processos, adquirir alguma forma de controle sobre
os fatos sociais, grande parte do universo acadêmico se vê perdido, sem
referenciais, sem perspectiva diante do que, quando muito, identificam com o
"caos". A academia se estruturou para analisar a ordem criando novas
ordens e relegou como párias a maior parte dos que se esmiuçaram no estudo do
caos. Seria preciso um especialista no caos para analisar certas perspectivas
que se abrem a nossa frente nesse momento. Como não conheço nenhum, recorro às
imagens de "caos" que conheço através das diversas mitologias do
mundo em busca de possibilidades e padrões. Descortinam-se horizontes
interessantes para os nossos próximos dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em toda parte, em todo tempo, as mais diversas ordens vieram do caos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieVpfDKCOA0BdHT73iJg40VNgX34G3rGKBByfsoa6EotiCrtFCkwGNSdKcbRKJhInONE4fPs0A_CzLMgtj8MaomSPZauf5XVsmp2AvpVs_PcxPNQM-E4r0OTXplHG66huy57XUQQQKzSmv/s1000/buraco+negro001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieVpfDKCOA0BdHT73iJg40VNgX34G3rGKBByfsoa6EotiCrtFCkwGNSdKcbRKJhInONE4fPs0A_CzLMgtj8MaomSPZauf5XVsmp2AvpVs_PcxPNQM-E4r0OTXplHG66huy57XUQQQKzSmv/s320/buraco+negro001.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"E o espírito de Deus se movia sobre a face das águas" -
Gênesis 1:1, Bíblia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No mito de criação egípcio (aproximadamente 2600a.C.), antes dos deuses
passarem a existir havia apenas um abismo escuro e aquoso chamado Nun. Na
mitologia mais antiga de que temos notícia, a Suméria (aproximadamente
5300a.C), a criação e o panteão surgiram pacificamente do mar original, também
conhecido como a deusa Namu. Na Pérsia (atual Irã) o caos primordial era
associado a Angra Mainyu dois mil anos antes da Era Cristã. Nos textos sagrados
indianos (Brahmanas, Puranas e no Mahabharata) uma das mais antigas versões
para o nascimento do universo é o movimento que duas castas de seres celestiais
fazem sobre o oceano cósmico, identificado com o caos primordial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Havia algo sobre o qual o todo-poderoso criador da ordem semita
caminhava, "as águas". Antes da existência dos diversos panteões
egípcios, havia também algo descrito como "aquoso", talvez da mesma
natureza que o "mar primordial" dos sumérios, algo "líquido e
indefinido" que, posteriormente, foi identificado, pelos novos criadores
da ordem na Pérsia, como negativo, como o mal absoluto. Outros povos, entre
eles os indianos, descobriram que essa "grande massa aquosa" poderia
ser, também, uma fonte de ordem. O movimento do caos teria a potência criadora
da ordem. Esse é um dos pontos principais do "caos primordial": ele
pode tudo, inclusive gerar uma nova ordem!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_zamQxHMFO7GwCWUzRtsdw1eLyMfhpJsiSQYxiA8boz-35A432qHpzQBg1kWCpQed9TN0MmHjQj-jfVmsWmaM46W9donD4orN9Bw3oxQo3FnoVHtHyd0ZFhEasQim5wk4jaFdT4kklW27/s259/%C3%A1guas001.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_zamQxHMFO7GwCWUzRtsdw1eLyMfhpJsiSQYxiA8boz-35A432qHpzQBg1kWCpQed9TN0MmHjQj-jfVmsWmaM46W9donD4orN9Bw3oxQo3FnoVHtHyd0ZFhEasQim5wk4jaFdT4kklW27/s259/%C3%A1guas001.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O vazio: o eco que encontra o oco<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Muitos tentam identificar um enorme vazio nesses movimentos, um vazio de
perspectivas, um vazio de requisições, um vazio político gerado pela descrença
estrutural na nossa cultura política contemporânea. De alguma forma está
patente que o sistema de representatividade política têm se entrincheirado para
representar politicamente (nos jogos de interesses e necessidades que compõem a
política em todos os tempos e em todos os lugares) aos grupos que melhor se
organizam em prol dos seus interesses, sejam eles legítimos ou ilegítimos.
Ocorre que os grupos mais bem organizados acabam formando pequenas máfias que
controlam seus "nichos" de mercado através do financiamento e da
compra direta ou indireta de agentes do poder público nos mais variados graus
hierárquicos. É a cultura política da corrupção. Que vem se tornando cada vez
menos “corrupta” e cada vez mais estrutural. Explico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É preciso corromper o corrupto, trapacear o trapaceiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHOGTSluyY_qn9UloNpqQ1pI3TCEOXo92LazGSZkiBgHGGUfBvnxRIdSfgi55hfAMHw8CsGSCd3357QN3FGVxGLX5-mQWe7L607Sqw5BlnDS8U1quc2Oct5k76y_k4-9a_BGwUlABv25SV/s281/corrupto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHOGTSluyY_qn9UloNpqQ1pI3TCEOXo92LazGSZkiBgHGGUfBvnxRIdSfgi55hfAMHw8CsGSCd3357QN3FGVxGLX5-mQWe7L607Sqw5BlnDS8U1quc2Oct5k76y_k4-9a_BGwUlABv25SV/s281/corrupto.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para que haja corrupção é necessário que alguém se "corrompa",
que possua um caráter específico que tenha sido deturpado por um processo
consciente de escolhas em prol de um interesse diverso do interesse que
originalmente o caracterizava. Para que um governante ou um funcionário público
sejam corrompidos é necessário que ele estabeleça um compromisso e o desonre ao
longo de sua atuação. Não é o que temos hoje em dia.<br />
<br />
O que temos hoje em dia são homens públicos - eleitos supostamente pelo povo,
já que estar em um cargo político não é ser um líder ou representante do povo,
mas sim ser o vencedor de uma disputa de interesses que aconteceu dentro de um
partido, um grupo seleto, que escolheu, segundo seus interesses privados, os
candidatos que nós votaremos - comprometidos exclusivamente com interesses
privados desde antes de suas eleições enquanto homens públicos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os grupos de interesse privado têm se apropriado constantemente dos
cargos públicos, colocando neles seus representantes diretos. Não sei até que
ponto o homem no cargo é, pessoalmente, corrupto ou o homem, por sua ação
comprometida com os financiadores de sua campanha, corrompe o cargo que, por
definição, trata da gestão dos bens, decisões e finanças públicas e não
privadas. Temos visto defensores de interesses privados se apropriando
claramente de cargos públicos, corrompendo a lógica desses cargos enquanto honram
com seus compromissos pessoais e seus interesses particulares. Parte desse
movimento caótico nas ruas está direta ou indiretamente ligado a romper essa
cadeia por um segundo movimento, também natural, da dinâmica do caos: a
aparição luz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tudo junto e misturado<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O caos - que é o que genial, perversa e maravilhosamente temos nas ruas
hoje em dia - não é só o vazio. Ele é a potencialidade de tudo! Inclusive
do vazio! Através do posicionamento da população nas ruas a situação política
dos países atingidos por esse "caos" pode piorar muito com a ascensão
ao poder de grupos extremistas - lembrando que no espectro da política os
extremos de direita e esquerda se tocam no horizonte -, pode melhorar muito -
observando o acréscimo intenso de consciência, interesse e preocupação política
que a disseminação de informações pela via virtual tem gerado – ou pode não dar
em nada - reestruturando uma mudança superficial que acalmará as águas no
caldeirão em ebulição, pelo menos por um tempo. Esse é o caldeirão
contemporâneo, o estado de ebulição primevo e origem de tudo o que há e haverá,
de todas as potencialidades. Pode ser o vazio sim! Pode ser qualquer coisa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5XkCOLBB1OVkvB3U7in07rfC7ZL81tvJxWKpvI-0hsD_w0WSpzZjSlSnMhcddwDZTirz1AeLqUDFiKK36QfaV9xIEAYLZN22BcIhKNJsPNbfIjNfy31PiVM_hemckY98kHeSmOCLA4mN/s444/caos001.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5XkCOLBB1OVkvB3U7in07rfC7ZL81tvJxWKpvI-0hsD_w0WSpzZjSlSnMhcddwDZTirz1AeLqUDFiKK36QfaV9xIEAYLZN22BcIhKNJsPNbfIjNfy31PiVM_hemckY98kHeSmOCLA4mN/s320/caos001.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Perspectivas do caos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"O inferno são os outros" - Jean Paul Sartre<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Em termos políticos, policiais e acadêmicos o caos é identificado como tudo
aquilo que eu não controlo. Tudo o que foge do meu controle é caótico e,
observando as histórias das religiões e mitologias pelo mundo, tudo o que
é caótico acaba sendo identificado como "negativo",
"cruel", "perverso" etc e implica numa postura agressiva em
busca de retomar o controle da ordem anterior. Em certo ponto essa análise
natural para quem se coloca da perspectiva da "ordem" está muito
certa. Afinal de contas, se considerarmos a passagem do tempo e as mudanças
sociais que inevitavelmente ocorrem e ocorrerão em todas as ordens
constituídas, para quem está se identificando com a ordem anterior a nova ordem
que tenta se impor é sim negativa - na medida em que nega partes importantes da
ordem até então dominante -, é sim cruel - porque pauta-se por um sistema de
valores diferente do até então vigente - e é também perverso - porque tenta
perverter um sistema cultural para que se reestruture sobre novos padrões.<br /><br />Mas o que há de mal em perverter um sistema pervertido?<br />
<br />
<br />
Dilúvios e recomeços<br />
<br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0yJoDCvy1FyAYeH98hlP7rVNf-fnJIKihg-GNInTEa_d7LZPghoLKZAwiM0w2kjIrpWDuEtv2bqsIpb0cVHwAdgqxw9VmRjB9fWkJw8GAZBKXuN1wMdGWKeg4wL5qcaI0x2AkF38Q4SlC/s600/dil%C3%BAvio001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0yJoDCvy1FyAYeH98hlP7rVNf-fnJIKihg-GNInTEa_d7LZPghoLKZAwiM0w2kjIrpWDuEtv2bqsIpb0cVHwAdgqxw9VmRjB9fWkJw8GAZBKXuN1wMdGWKeg4wL5qcaI0x2AkF38Q4SlC/s320/dil%C3%BAvio001.jpg" width="320" /></a></div>
Excluir é dividir. A divisão faz parte tanto do processo de concentração de
energia (foco) quanto do processo de alienação (dispersão) das partes que não
foram salvas ao longo dessa exclusão. A atenção humana é assim e também os
nossos processos criativos, sejam eles pessoais, culturais ou sociais A arca de
Noé, por exemplo, levou tudo o que queria salvar do dilúvio universal, a arca
de Utnapishim na Suméria fez o mesmo. Aliás, todas as mais de um milhão de
narrativas sobre o dilúvio entre os povos assírios, americanos, asiáticos,
armênios, egípcios e persas tiveram uma arca, baú ou recipiente fantástico onde
couberam as causas e questões que seriam levadas adiante. <o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-SOrK5RN5veDL6pnSCGYPLATN19K4M_bVnM3MLpXxRiQUqS3aWhAi7XJhDepMWW0QaL8XS3vwJdAZ9FtLRKLGhQej5VxMS2xSjWttdeVzKhOaL16_YQA-4exrW19vcBqTiz-rz9V8zcJ/s625/navegar+%C3%A9+preciso.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-SOrK5RN5veDL6pnSCGYPLATN19K4M_bVnM3MLpXxRiQUqS3aWhAi7XJhDepMWW0QaL8XS3vwJdAZ9FtLRKLGhQej5VxMS2xSjWttdeVzKhOaL16_YQA-4exrW19vcBqTiz-rz9V8zcJ/s320/navegar+%C3%A9+preciso.jpg" width="320" /></a><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Navegar é preciso<br />
<br />
Vejo no mar primevo das manifestações muitas arcas, muitas causas querendo ser
salvas, querendo sobreviver a esse gigantesco tsunami humano de reivindicações,
gostos, desejos, representações, preferências e exigências. Aí é que está a
beleza: Não temos, individualmente, como determinar o fim último das
manifestações como um todo. O que podemos fazer é abdicar do controle ilusório
que a análise dos movimentos nos possibilitaria e buscar a nossa arca, a nossa
ínfima possibilidade de representação e influência! É preciso antes de tudo
assumir o compromisso de honrar seus próprios valores, sejam eles quais forem:
sociais ou financeiros, democráticos ou oligárquicos, republicanos ou privados
e lutar por eles! Como em todas as mitologias do mundo o momento em que a luz
aparece tudo fica às claras, inclusive as lutas sociais que sempre foram
travadas, embora disfarçadas e manipuladas por um sistema midiático de massa
que é financiado por quem não quer que essas disputas apareçam. Mas esse é o
mesmo sistema que cria redes sociais e celulares que gravam e fotografam e uma
interface entre eles. Como veremos adiante, grandes sistemas complexos se
equilibram. Nessa equilibração é preciso posicionar sua arca e remar. Como
dizia Joseph Campbell: "Siga sua bem-aventurança".<br />
<br /><br />
A arca do "líder" está afundando<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Outra questão importante para a nossa mídia de massa é a figura do “líder”.
Um dos maiores vícios da nossa cultura contemporânea é a busca desenfreada por
um "líder". Sinal claro dessa necessidade é que parte considerável do
mercado de treinamentos está abarrotada com cursos e oficinas de
"liderança". <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxV5onLvZRnBSptj7bVmJsomkPtSes1jbxvfO9ApB1Ol4JfJaDZQe9IVgbHj_ERxK_6IQ0LFXr1Hr3b-U7N-vjSKsgRO5lCfLKEgZ7TFwgHMli5luSkdccK4sRjTC60O0o-yb-zcWPP6TN/s311/naufr%C3%A1gio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxV5onLvZRnBSptj7bVmJsomkPtSes1jbxvfO9ApB1Ol4JfJaDZQe9IVgbHj_ERxK_6IQ0LFXr1Hr3b-U7N-vjSKsgRO5lCfLKEgZ7TFwgHMli5luSkdccK4sRjTC60O0o-yb-zcWPP6TN/s311/naufr%C3%A1gio.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Essa necessidade patológica por uma liderança obedece a um padrão muito
particular da nossa sociedade de hiperconsumo. A cultura ocidental
contemporânea<span style="background: white;"> necessita de um sujeito</span> <span style="background: white;">ideal médio tanto quanto de um sujeito ideal
superlativo. O sujeito ideal superlativo, o tal “líder”, está com todas as
características que vemos como ideais e valores em voga na atualidade, a moda
empresarial do sujeito “pró-ativo”, “competitivo”, “agressivo” e todos os
demais valores com os quais já estamos familiarizados a ponto de engasgar. Já o
sujeito ideal médio é o sujeito eternamente consumidor, porque eternamente
carente. Quanto maiores as dimensões das carências do sujeito médio, maior a
gama de produtos, idéias, modas ele estará interessado a suprir pelo
consumo. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A sociedade neoliberal necessita do sujeito carente
e amedrontado. Mas mais do que isso, a sociedade neoliberal contemporânea
necessita do sujeito essencialmente imaturo: emocionalmente, psicologicamente,
moralmente, socialmente imaturo. Incapaz de lidar com extremos de diferença de
pensamento, crença e comportamento - ou seja, intolerante, agressivo e reativo
- e incapaz de lidar com extremos de vivência emocional ou psíquica - ou seja,
consumidor constante da cada vez mais farta química farmacêutica que impede ou
suprime a maturação natural dos conflitos e dores do inconsciente. Somente este
sujeito tenso, comprimido e atomizado, de fraca formação de caráter, é capaz de
consumir eternamente, porque somente ele pode ser convencido, periodicamente,
de que não é ajustado, desejado, amado, hábil, apto, capaz. </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tsunamis primordiais e afinamento energético</span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjobVUeiMe0Fys6LetT8GHkRMVDsXp3AehCFCNad8AkZwl-tAr-p4nZJoz6EroSMiFNeF_yWXWoOsKcdVpCgQkWVSzK02XR4YsFAC5o73_5ASXTnOb36deeM5RweSrGE3dcaxwMv4Ve-3Vr/s300/tai+chi.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjobVUeiMe0Fys6LetT8GHkRMVDsXp3AehCFCNad8AkZwl-tAr-p4nZJoz6EroSMiFNeF_yWXWoOsKcdVpCgQkWVSzK02XR4YsFAC5o73_5ASXTnOb36deeM5RweSrGE3dcaxwMv4Ve-3Vr/s300/tai+chi.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O problema é que o sistema psíquico individual,
assim como os sistemas sociais, resistem a qualquer absoluto e reagem a isso. É
como um grande tsunami que amplia enormemente a faixa de areia de uma praia
antes de chegar e arrasar com tudo, porque está "concentrando
energia" no pólo oposto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Da mesma forma como uma multidão cantando um hino
nacional num estádio, uma sociedade se "afina" através dos seus
conflitos internos e aumenta a quantidade de energia – e as possibilidades de
ação! - dentro do sistema à partir da inclusão de novos participantes. O
afinamento pode ser observado através da carga afetiva que se concentra e se
constela sobre alguns centros gravitacionais hoje em dia. Por exemplo seria
difícil para qualquer pessoa negar que o centro energético da concentração dos
brasileiros está, através das manifestações nas ruas, se deslocando do eixo
"novela-futebol-versão oficial" para o eixo
"manifestações-direitos fundamentais-versões não-oficiais". </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
A sedução do "não-oficial"</span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIkmeRiHzhitzfjLGvNhjpzen2nje-gmYemebyQeT7zvXgo27o0WVw1Ryc_r08MjNnN3YAoWZCGxOCiMXkOOeEVL2c1J1GxUZhLVzMB9zdAy4qqlEv2lLsaKsfHiGPvm9d5vrRflu6kfMp/s1600/anony.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIkmeRiHzhitzfjLGvNhjpzen2nje-gmYemebyQeT7zvXgo27o0WVw1Ryc_r08MjNnN3YAoWZCGxOCiMXkOOeEVL2c1J1GxUZhLVzMB9zdAy4qqlEv2lLsaKsfHiGPvm9d5vrRflu6kfMp/s320/anony.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nesse momento qualquer tentativa de cooptação das
manifestações e suas reivindicações por um grande grupo que se outorgue uma
posição de "liderança" será rechaçado pela própria
manifestação. </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dessa forma nem eu, nem você, nem um partido e nem
um "líder" ou "representante" pode cooptar o caos e tomar
as rédeas dele a curto prazo. <br />
<br />
O que podemos fazer, individualmente e em pequenos grupos, é influenciar ao
máximo através dos nossos atos pessoais ou associados. Num mundo de imagens
editadas, de vídeos editados, de coberturas midiáticas editadas, só os atos
pessoais, no "aqui e agora" (do qual fugíamos loucamente na nossa
sociedade de projeção na TV, filme, computador etc), só nossa atuação presente
e consciente pelo que nós acreditamos que seja o melhor é o que efetivamente
vale. E vale muito!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
Trapacear o trapaceiro <br />
<br />
O que me parece que temos conseguido até o momento foi operar duas inversões
incríveis: revertemos o medo e revertemos o protagonismo. Fizemos uma reversão
do medo estrutural que a cultura do consumo necessitava disseminar de forma
difusa entre nós para que consumíssemos cada vez mais. Agora os governantes
estão reagindo motivados pelo medo que têm sentido das manifestações e o
protagonismo, ainda que difuso e confuso, está no “mar de gente”.<br />
<br />
<br />
Uma aposta<br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHx0FhHOamh4bv4FCEc151kBsXwxSfH1jJL-GDCqupxkpp5rGvrg0yJekHefI7I78_NIZUujqqPA3gfGTOLbrIqvgo24xGKdN9YylmyEBBsQiGWG1Pt9HQE6akcCuQqC_8FfDd09SeUKxK/s250/aposta.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHx0FhHOamh4bv4FCEc151kBsXwxSfH1jJL-GDCqupxkpp5rGvrg0yJekHefI7I78_NIZUujqqPA3gfGTOLbrIqvgo24xGKdN9YylmyEBBsQiGWG1Pt9HQE6akcCuQqC_8FfDd09SeUKxK/s250/aposta.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
De qualquer forma essa incerteza e insegurança íntima que a imagem do
"caos primordial" nos traz é justamente o que precisamos, no momento
em que precisamos, para nunca fazer o que estamos condicionados e adestrados
para fazer: deixar que pensem e decidam por nós. O que temos conseguido é
aumentar a autonomia, a ação, a responsabilidade e a consciência política.
Esses são os atributos que ampliamos em qualquer processo de amadurecimento. Estamos amadurecendo e é possível que esse grande útero aquoso das manifestações
dê à luz uma ou várias novas formas de organização política. Eu sinceramente desejo e luto
para que seja uma mais humana e democrática do que a que ainda estamos tendo.<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Renato Kress<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 18px;">Diretor do Instituto ATENA</span></div>
</div>
Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-27353283975651839562013-06-11T06:24:00.001-07:002013-06-11T06:24:28.572-07:00Estratégia social XLVIII: Nunca perder o controle<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpadideyblLofeeklvTZK8Eqs7Zr0fdXqgVGrdQwI_T0Gt0IVPZqIcba1fpNJtmc6kBAR_FTCP5Vms5M57oyUdE6DhRsygqcu6HoowA644NDH7TDyh3npbHingvulaTk5BYX4zyp2LMAuH/s1600/equil%C3%ADbrio002.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpadideyblLofeeklvTZK8Eqs7Zr0fdXqgVGrdQwI_T0Gt0IVPZqIcba1fpNJtmc6kBAR_FTCP5Vms5M57oyUdE6DhRsygqcu6HoowA644NDH7TDyh3npbHingvulaTk5BYX4zyp2LMAuH/s1600/equil%C3%ADbrio002.JPG" /></a></div>
Baltasar Gracián: Grande ênfase deve pôr a prudência em não perder o controle. Assim se portam os grandes homens, pois a magnanimidade dificilmente se abala. As paixões são os humores da alma, e qualquer excesso indispõe a prudência. Se a moléstia sai pela boca, sua reputação estará em perigo. Tendo completo domínio de si próprio na prosperidade como na adversidade, ninguém irá censurá-lo, mas admirá-lo.<br />
<br />
ATENA: Perder o controle é sair do eixo de forma desestabilizada. Ampliar a zona de ação das nossas potencialidades e talentos é, também, ampliar nossa consciência sobre quem somos, sobre o poder e a responsabilidade que temos perante os usos desse poder. Perder o controle é ampliar essa ação de forma desordenada, imprudente ou irresponsável. Um tempo de reestruturação interna é necessária, em todas as fases e mudanças da vida e é interessante que essa reestruturação seja pessoal antes de social, íntima antes de extrovertida. Perder o controle não é só arriscar cair no ridículo, mas principalmente regredir o nível da mente e dos atos, sujeitando-nos a todas as formas de punição direta ou indireta. Conheça seus pontos vulneráveis e fortaleça-os, um a um. Fortaleça também toda a arquitetura emocional capaz de sustentar teu ânimo. Lembre-se de que - ainda que em alguns contextos possa ser interessante teatralizar um pouco algumas respostas - nunca é interessante perder-se de si mesmo.</div>
Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-17237550151717991232012-05-14T12:14:00.002-07:002012-05-14T12:14:58.398-07:00Estratégia Social XLVII: Saber Escolher<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQv91YNN08dt-HLpNZlFGZAYZhtjSDfz7Ni_gm-s9spPHVotsTJ3BamSu_VTzYAxy3HgAlDVZyhLkwTYYfwisA6Ey9gcZ6iz2GUyvG4F-asPBNkRO3Xmza5e0pLssFld2LvQNRi0Mix9UK/s1600/logo+redonda+melhor.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQv91YNN08dt-HLpNZlFGZAYZhtjSDfz7Ni_gm-s9spPHVotsTJ3BamSu_VTzYAxy3HgAlDVZyhLkwTYYfwisA6Ey9gcZ6iz2GUyvG4F-asPBNkRO3Xmza5e0pLssFld2LvQNRi0Mix9UK/s200/logo+redonda+melhor.png" width="200" /></a></div>
Baltasar Gracián: Quase tudo na vida depende disso. São precisos bom gosto e julgamento agudo: Inteligência e capacidade não bastam. Não existe perfeição sem discernimento e seleção. Estão envolvidos dois talentos: escolher e escolher o melhor. Muitos de inteligência fértil e arguta, julgamento rigoroso, instruídos e bem informados se perdem na hora de escolher. Sempre escolhem o pior, como se fizessem questão de errar. Saber escolher constitui uma das maiores dádivas celestes.<br />
<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA</a>: O poder do arbítrio é um poder criativo. Escolhas criam realidades a partir das quais novas escolhas e realidades podem se descortinar. Tudo o que temos é fruto das nossas escolhas, mesmo a inércia e a dúvida, a incerteza e inação são escolhas pelas quais teremos de responder ao lidarmos com a realidade que nos cerca. Lembre-se: Seu nível de reconhecimento é diretamente proporcional ao seu nível de envolvimento! Envolva-se e envolva, seduza seu destino, desenvolva-se! </div>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-37781762128125812272012-05-09T06:58:00.002-07:002012-05-09T07:18:14.881-07:00Dinâmicas entre estratégia e tática<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Quando se tem o desejo de treinar ou instruir pessoas é imprescindível que se atente ao fato de que é necessário adquirir conteúdo. Conhecer e aprender, com tudo e com todos, implica tanto numa postura disciplinada em horas de leituras coordenadas, quanto em humildade, para que saibamos aprender com tudo e com todos a todo o tempo. Bons e maus exemplos são fontes idênticas de aprendizado. Desperdiçar conhecimento ou julgar-se tão sábio a ponto de não precisar conhecer mais nada é que são os únicos verdadeiros inimigos do crescimento e da sabedoria.<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">Aprendizado</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVPn9hWtSPTXh8s52-VBH5ISuFdcuinY9zCYQY8PibiguIai0zzwcZjuhRyP-2gJrf779NzqVkb_1QbhBn6FTbjW5JiTrlGEIPyKbxhC6d7mWb__jsMwDMZRnVsfypdAmW8QgFtPvB921M/s1600/monge+cozinha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVPn9hWtSPTXh8s52-VBH5ISuFdcuinY9zCYQY8PibiguIai0zzwcZjuhRyP-2gJrf779NzqVkb_1QbhBn6FTbjW5JiTrlGEIPyKbxhC6d7mWb__jsMwDMZRnVsfypdAmW8QgFtPvB921M/s200/monge+cozinha.jpg" width="200" /></a>Lembro-me de uma anedota budista que contava que num mosteiro havia um cozinheiro muito mal educado, rude com os monges, teimoso e que cozinhava muito bem ou muito mal quando lhe convinha. Um dia esse cozinheiro pediu ao monge mestre, com quem vivia tentando criar atritos, para tirar férias de um ano, após as quais ele decidiria se voltaria ou não ao mosteiro. O monge mestre levou semanas para aceitar a proposta e ficou genuinamente triste quando o cozinheiro se foi. Vendo a tristeza do mestre um de seus discípulos perguntou: "Mestre, porque está tão triste com a ida do cozinheiro, ele era um péssimo cozinheiro, irritante e vivia criando intrigas entre os monges, é melhor que tenha partido mesmo!" Ao que o mestre respondeu: "Foi se embora meu maior mestre de paciência e tolerância."<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">Alavancas e empurrões</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2pAQGid-3DJwniVYkVewoG4DK8pIcQWdVGHekLKm1vYRCEo4IHwm43e_iI-0TjdOGPvbP1LFXZnd1rPPaU-LqLskaoLUvifMRV99uwukUW_nK7Arcql67KpC2trRapYDoQGS917Acz2rr/s1600/alavanca.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2pAQGid-3DJwniVYkVewoG4DK8pIcQWdVGHekLKm1vYRCEo4IHwm43e_iI-0TjdOGPvbP1LFXZnd1rPPaU-LqLskaoLUvifMRV99uwukUW_nK7Arcql67KpC2trRapYDoQGS917Acz2rr/s200/alavanca.jpg" width="200" /></a></div>
Quando estamos desenvolvendo uma estratégia, para o fim que seja, necessitamos de pontos de apoio, um fundamento real e confiável para o início da ação. Em geral muitos erros em estratégia ocorrem quando não nos damos conta de que esse fundamento deve ser uma alavanca para o início da estratégia e não para todo o percurso do desempenho dela, o que chamamos de "campo tático". A tática ocorre ao longo do tempo decorrido entre a formulação da estratégia e o ato de alcançar a finalidade para a qual a estratégia foi desenvolvida. Basicamente tática são as manobras possíveis dentro do contexto da "batalha", no desenrolar dos acontecimentos postos em ação pela estratégia.<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">Estratégia e tática, ovos e galinhas</span><br />
O ideal é que a estratégia, o planejamento e a antecipação, a observação dos atores e motivações no campo de nossos interesses, venham antes da tática, do entregarmo-nos a esse mesmo campo e mergulharmos no cotidiano intempestivo e improvável da batalha. Acontece que nem sempre temos tempo, no turbilhão da vida, de planejar a execução de nossas atividades com a melhor das antecipações e meditações. Muito da arte da vida está no improviso também. Às vezes várias táticas diferentes e disfuncionais nos fazem perceber a importância de estabelecer uma boa estratégia. Nesse caso, em geral, as táticas falhas nos ajudam a mapear os passos dentro do planejamento estratégico. Nesse caso a tática antecede a estratégia.<br />
<br />
No caso clássico a estratégia é quem tem a primazia. Antes nos preparamos e nos treinamos, desenvolvemos os atributos, capacidades e comportamentos necessários para passar por uma determinada fase de nossa vida ou para alcançar um determinado ponto ou meta em nossa carreira ou empresa e só então mergulhamos efetivamente no "calor da batalha". Em geral tendemos a ver a relação entre a estratégia e tática dessa forma.<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">Nem lá nem cá, acolá</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDAYcg0nxGUYa5f4xTaFMlN6yeWkMdpNZBhgmv9LcNhjCkYXnnw0B2c9g9Dd1O1VKzYu2ZnyKO2_OZz6eFt2mYmrBeqawxMwQmkvgroBXmMPGvriSGdTpXja3kC-y6KG9-QE6JdbWsv6Hz/s1600/estrat%C3%A9gia001.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDAYcg0nxGUYa5f4xTaFMlN6yeWkMdpNZBhgmv9LcNhjCkYXnnw0B2c9g9Dd1O1VKzYu2ZnyKO2_OZz6eFt2mYmrBeqawxMwQmkvgroBXmMPGvriSGdTpXja3kC-y6KG9-QE6JdbWsv6Hz/s200/estrat%C3%A9gia001.jpg" width="200" /></a>A terceira forma de trabalhar é integrar essas duas vertentes reestruturando a estratégia de acordo com as respostas obtidas pela tática ao longo do caminho e repensando as manobras táticas sem perder de vista os parâmetros pensados pela estratégia. Criar uma tensão reconstrutora entre os dois é, a meu ver, a melhor forma de lidar com um universo complexo, como em geral são os universos reais, que envolvem seres humanos, suas motivações, interesses e valores.<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">Apego e dinâmica</span><br />
É comum que nos apeguemos. Faz parte da natureza do ser humano se apegar àquilo que de alguma forma o sustenta ou sustenta a imagem de quem ele é. Por isso que é importante não nos identificarmos subjetivamente com a estratégia (ou com a tática), termos a consciência clara de que "eu ajo", ou "eu planejo" são diferentes de "eu sou". <br />
<br />
Explico melhor. Quando nos identificamos com algo - "eu sou analista", por exemplo - tendemos a nos apegar àquela identidade e a depender dela para podermos dar sentido a nossas ações no mundo. Se no identificamos com uma determinada estratégia geramos dois problemas: precisamos que ela se sustente indefinidamente caso contrário ficaremos sem referenciais para quem somos e, também, não vemos outras possibilidades de linhas estratégicas, não vemos todo o amplo espectro de possibilidades de estratégias diversas.<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">Identificação e desapego</span><br />
O primeiro problema nos leva a não chegarmos no fim para o qual a estratégia foi proposta. Afinal, se "eu sou aquele que busca X" terei perdido minha identidade no momento em que encontrar "X", e perder a identidade é um problema gravíssimo! Perdemos todos os referenciais nesse momento e abrimos espaço para uma grande depressão, por exemplo. Com certeza conhecemos histórias de pessoas que passaram por isso.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx10v_AXr2ezPpMUX7OsSN6gIDrwb0CRoLHI2dUDh9yymzTqa7Wk8tuB1R7xuaHoBAPqRBGcFFXNAUzSxip0FpFTSoH5W2-i1oiH3hhMoFhQ4zvjD1UkhjD6ovrYthMgTu4CzeRuaUX52k/s1600/identidade001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx10v_AXr2ezPpMUX7OsSN6gIDrwb0CRoLHI2dUDh9yymzTqa7Wk8tuB1R7xuaHoBAPqRBGcFFXNAUzSxip0FpFTSoH5W2-i1oiH3hhMoFhQ4zvjD1UkhjD6ovrYthMgTu4CzeRuaUX52k/s200/identidade001.jpg" width="153" /></a></div>
Os "campos de batalha" onde operaremos nossa estratégia e tática são, em geral, campos complexos, com vários fatores a serem considerados, então é interessante aprendermos a nos desapegar de um fundamento ou de uma "raiz" da estratégia ou mesmo da tática a fim de podermos passar a nos sustentar no fundamento seguinte, que naturalmente vai aparecer ao longo do desenrolar das ações. Só podemos ter alguma noção das alternativas possíveis se não nos identificarmos com nenhuma delas em específico. Obviamente não estou falando de "não ter identidade", mas de perceber que nossa identidade está acima e além das estratégias possíveis.<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">O segredo é a alma do negócio</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOGAo5LC7QwZ7tR_xFREJjGZCsLldMjbRDboltGz5m4hyphenhyphenqBp2pf9CHJVNoVY87C-FZRfs_hv271cX_NWTWgxn8RRhWUwSuVSoVSe_eJsnTJaufiAr-Av_ol9slMs2Fupp3AnQZ5nog5d90/s1600/poderosochef%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOGAo5LC7QwZ7tR_xFREJjGZCsLldMjbRDboltGz5m4hyphenhyphenqBp2pf9CHJVNoVY87C-FZRfs_hv271cX_NWTWgxn8RRhWUwSuVSoVSe_eJsnTJaufiAr-Av_ol9slMs2Fupp3AnQZ5nog5d90/s200/poderosochef%C3%A3o.jpg" width="200" /></a>Não existem casos ideais nem fórmulas perfeitas. Todas as três posições acima: tática que gera estratégia, estratégia que gera tática ou ambas se retroalimentando são possíveis e aplicáveis a sujeitos e contextos diferentes. Cabe a cada estrategista saber identificar o melhor momento para cada uma. Mas independente dessas possibilidades todas, o mais importante é que esses processos internos sejam tão claros para cada um de nós quanto obscuros para todos os demais. As melhores estratégias e táticas são as que possuem pouca previsibilidade. É o que chamamos de "agendas ocultas". Deixo vocês com a sabedoria da cultura interna da máfia italiana: "O capo conta muito a poucos, pouco a muitos e tudo a ninguém".<br />
<br />
Texto: Renato Kress</div>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-51646683103363961132011-11-17T07:14:00.000-08:002011-11-17T07:14:59.410-08:00Estratégia Social XLVI: Nunca perder o respeito de si mesmo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijLzndG76DvwenTHodPgo_0TwJF_gtZMskTW9ilYk78N_6eXqoo9iT2We6bzaevZBwwTEzznq8Wj9DYWCiBvZDMCNLAFQ51l1bDo9IddCjV7FCMeUb1xD1zLh_GENyjtYjilWvRFdZWdnZ/s1600/logo+redonda+melhor.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijLzndG76DvwenTHodPgo_0TwJF_gtZMskTW9ilYk78N_6eXqoo9iT2We6bzaevZBwwTEzznq8Wj9DYWCiBvZDMCNLAFQ51l1bDo9IddCjV7FCMeUb1xD1zLh_GENyjtYjilWvRFdZWdnZ/s200/logo+redonda+melhor.png" width="200" /></a></div>Baltasar Gracián: Nem condescender demais consigo próprio. Que sua integridade seja diretriz de sua retidão. Deva mais à severidade do seu próprio julgamento que a todos os preceitos externos. Evite o indecoroso, não devido ao julgamento severo dos outros, mas em respeito à sua sensatez. Chegue a temer a si mesmo e não necessitará como preceptor imaginário de Sêneca.<br />
<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA</a>: Ser o centro doador de sentido para a tua realidade, a fonte de toda decisão e ação, o arcabouço de cada planejamento, o fim último ao qual tornarão a vergonha ou o mérito. Arcar com a responsabilidade da própria vida, não projetá-la em mídia, moda, cultura, família, nada que não seja sua própria estrutura, seu próprio caráter, é formar-se Homem. Só assim é possível mover-se para além dos desmandos alheios, onde só as crianças se escondem atrás de posturas como "estava só seguindo ordens", "o que iriam pensar de mim?" e outros. Definir o próprio centro e criar o próprio destino, essa é a tarefa do homem. Daquele que for sábio o suficiente para temer o peso da própria obra do dia, do mês, do ano ou da vida inacabada sobre seus ombros mais do que o sorriso condescendente do aplauso ou da crítica alheia.<br />
<br />
Renato Kress</div>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-53295745165175811262011-09-14T02:10:00.000-07:002011-09-14T02:10:18.870-07:00Estratégia Social XLV<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisyRC2FdKsQEN49SMXs7EKC_htz-VcecBl3gRkXKQ5WxMdn6tfX8kLIL6RsItyomwHzepHm-x_KUZe3Z2wepjV96U6BHa8NCCPdacSvNsuU_xgR9NhtM1o6GmSYafc6yZYCOeF3sW4h2Xu/s1600/Logo+Medaillon002.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisyRC2FdKsQEN49SMXs7EKC_htz-VcecBl3gRkXKQ5WxMdn6tfX8kLIL6RsItyomwHzepHm-x_KUZe3Z2wepjV96U6BHa8NCCPdacSvNsuU_xgR9NhtM1o6GmSYafc6yZYCOeF3sW4h2Xu/s200/Logo+Medaillon002.png" width="198" /></a></div>
<b>Homem criterioso e observador</b><br /><br />Baltasar Gracián: Domina as coisas e não deixa que as coisas o dominem. Sonda as maiores profundezas e disseca os problemas com perfeição anatômica. Só de ver alguém já o compreende e avalia sua essência. Possui grande poder de observação, decifra o que se acha mais oculto. Observa com argúcia, concebe sagazmente, argumenta sabiamente: não há nada que não possa descobrir, notar, apreender, entender.<br /><br /><b><a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA</a>: </b>Uma das maiores estratégias de dominação com que nos deparamos no mundo do trabalho hoje em dia é a balela maniqueísta entre a "zona de ação" e a "zona de conforto". Essa dicotomia barata que artificialmente cria uma contradição entre "ação" e "pensamento" serve não só para incutir o sentimento de culpa sobre quem esteja refletindo, pensando ou planejando suas ações, mas principalmente para que confortavelmente nos abstenhamos de pensar, de refletir nossas ações em dois pontos: base e meta. Quando não conhecemos a base, o fundamento de nossas ações, somos dominados por quem nos dita esses fundamentos, quando não conhecemos a meta, o desígnio último de nossas ações, não possuímos controle ou consciência prática sobre nossos atos. É uma estratégia rasa, simples e rasteira de dominação, manipulação e controle incutir esse tipo de dicotomia na cultura corporativa. Se ação sem pensamento é perda de energia e pensamento sem ação é perda de tempo, procure manter-se na zona de interação, jamais deixe de pensar, jamais deixe de agir, juntos.<br /><br />Renato Kress</div>
Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-64396369673289326222011-08-31T02:21:00.000-07:002011-08-31T02:21:26.719-07:00Estratégia Social XLIV<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsZK9mrDgdvSA63kqW5GR2xJs9N9HU1vUC6nR3sZTQAsLK-_oU5FgBbQpF8hkYMICjoDEcYGVj4pXIH6dNo_vODETZecaizRjGBdC2SvlVEj4p-St-C3ZCrW-nMQAibfHSiSB4YmIH-Jv0/s1600/Logo+Medaillon002.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsZK9mrDgdvSA63kqW5GR2xJs9N9HU1vUC6nR3sZTQAsLK-_oU5FgBbQpF8hkYMICjoDEcYGVj4pXIH6dNo_vODETZecaizRjGBdC2SvlVEj4p-St-C3ZCrW-nMQAibfHSiSB4YmIH-Jv0/s200/Logo+Medaillon002.png" width="198" /></a></div><b>Está mais próximo de se tornar uma verdadeira pessoa aquele que tem profundidade</b><br />
<br />
Baltasar Gracián: O interior é até mais importante do que o exterior. Alguns sujeitos são fachada só, a exemplo de uma casa inacabada por falta de dinheiro. Apresentam a entrada de um palácio, mas o interior de choça. Tais sujeitos não lhe oferecem um lugar onde parar, embora estejam sempre em repouso, pois, concluídas as primeiras saudações, a conversa se acaba. Pavoneiam-se durante as cortesias iniciais como cavalos sicilianos, mas logo param em silêncio. As palavras se esgotam quando não são respostas pelas perenes fontes de inteligência. Tais pessoas enganam com facilidade aqueles que são também superficiais, mas não os perspicazes, que olham o seu íntimo e encontram o vazio.<br />
<br />
ATENA: A superficialidade se esgota no tempo. Assemelha-se a um perfume ordinário cuja fragrância se esvai rápido demais. Esteja, então, sempre preparado. Nesse ínterim, prefira pecar pelo excesso. Pesquise, estude, procure, conheça. Observe quem possa te ajudar a conhecer melhor, saber mais. Estar preparado não elimina os desafios, só ajudará a alçar outros ainda maiores. As tarefas se apresentam à medida das nossas capacidades, conhecer o terreno, os hábitos e as crenças do teu foco é o primeiro passo para o início de descobertas maiores, internas ou externas. Profundidade, conhecer-se e conhecer o outro, importar-se consigo e com o outro, é honrar quem se é e a situação que está diante de você.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-47773881744640874372011-07-01T05:55:00.000-07:002011-07-01T05:55:37.013-07:00Estratégia Social XLIII<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibeJ3mR3PbuU1lZoK4lpkS32QcbIUCLk0HzoV66xJ6GgleVHhPebGje1ZguVgjb7DyDiCrmpOiATCKgnTBDCojMz6GsyfxC3jYD71fPGfWfYbdhxfjomRV-dshp4koHjVDbzL-CFCbU461/s1600/logo+redonda+melhor.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibeJ3mR3PbuU1lZoK4lpkS32QcbIUCLk0HzoV66xJ6GgleVHhPebGje1ZguVgjb7DyDiCrmpOiATCKgnTBDCojMz6GsyfxC3jYD71fPGfWfYbdhxfjomRV-dshp4koHjVDbzL-CFCbU461/s200/logo+redonda+melhor.png" width="200" /></a></div>Não se envolver em complicações.<br />
<br />
Baltasár Gracián: Eis uma das primordiais preocupações da prudência. É longo o caminho a percorrer de um extremo a outro, e os prudentes permanecem na área central da sensatez. É decisão amadurecida romper tal estado pois é mais fácil tirar o corpo do perigo do que sair-se bem dele. As situações perigosas colocam nossos bom senso na berlinda, e é mais seguro evitá-las por completo. Uma complicação traz outra maior, conduzindo-nos à beira do desastre. Alguns são precipitados, por temperamento ou por nacionalidade, e é com rapidez que se envolvem em situações perigosas. Mas aquele que caminha à luz da razão avalia a situação e percebe que há mais valor em evitar o perigo do que em vencê-lo. Vendo que já existe um tolo imprudente, evita ser-lhe segundo.<br />
<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA:</a> Vivemos numa sociedade em que o agir é estimulado antes do pensar, pois o pensar é perigoso e o agir mediado e focado pelo pensamento ainda mais. Se quando te pegam pensando te pedem que "saia da zona de conforto" e entre na "zona de ação" respire fundo e avalie o interesse do emissor da mensagem. A quem interessa que seu raciocínio seja sempre fragmentário, rápido e superficial? A quem interessa que você aja seguindo as conclusões tiradas dessa forma de raciocínio quebrado, frágil e inofensivo? Não se envolver em complicações é uma boa metáfora para a ideia de que nem tudo o que nós pensamos, criamos ou produzimos é do interesse dos demais até que esteja plenamente pronto. Quase todas as grandes idéias, invenções e criações do homem foram criadas em segredo, até que estivessem plenamente "maduras" para ganhar mundo. Não se envolver em complicações significa não só abster-se do vício impróprio de falar demais, mas principalmente saber fazer a divisão necessária entre o que se pensa e se cria e o que este ou aquele determinado amigo, colega ou familiar está apto a ouvir.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-20118367912323527602011-06-17T09:35:00.000-07:002011-06-17T09:35:41.807-07:00Estratégia Social XLII<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO-45Rqqs1wOuh5i54ytn2YMVRoNJ-C4Pg4cDOUPfgYX4qcdGViSKGZujC6O-08ZmIr5SfwhM4aQFrXw5TqwNflFpOh17kjf370FPh8RlFpCZSTlsIoYH86z-Jy250bT47qinBrkTu9fEB/s1600/logo+redonda.bmp.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO-45Rqqs1wOuh5i54ytn2YMVRoNJ-C4Pg4cDOUPfgYX4qcdGViSKGZujC6O-08ZmIr5SfwhM4aQFrXw5TqwNflFpOh17kjf370FPh8RlFpCZSTlsIoYH86z-Jy250bT47qinBrkTu9fEB/s200/logo+redonda.bmp.png" width="200" /></a></div>Moderar a antipatia<br />
<br />
Baltasár Gracián: Odiamos gratuitamente alguém, mesmo antes de conhecer-lhes as qualidades. E às vezes tal aversão espontânea se volta para os homens eminentes. Que a prudência a controle: não há maior descrédito do que detestar os superiores. Tanto é vantajoso tratar co msimpatia os heróis, quanto desonroso tratá-los com antipatia.<br />
<br />
ATENA: Estarmos atentos às nossas antipatias e simpatias inconscientes e "naturais" é observarmos nossos padrões internos de identidade e aversão. Em geral quando não nutrimos uma boa relação com algo que nos é completamente estranho, é porque esse algo "estranho" nos revela algo de nós mesmos que não gostaríamos de ver. O que nos importa em relação à Liderança e Estratégia é justamente focarmos em nossas metas e na melhor maneira de nos encaminharmos em direção a elas. Se uma pessoa pode nos auxiliar ela é um possível "sócio" em nossa empreitada, se essa mesma pessoa não pode nos auxiliar em nada, preocuparmo-nos com ela ou sentirmos antipatia por ela é, apenas, perda de tempo, energia e foco.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-72170979223410613022011-06-01T09:35:00.000-07:002011-06-01T09:35:34.881-07:00Estratégia Social XLI<div class="separator" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ2PGtMHLDkZLaPQ05dafzfjH8AY3oTL9UslOOPGkz6euXObe0H0kJyN6g6Ih7mVaJcfusgIoZ_WkpabFbvw-5UG9U5cvRosPplb5sejuvz4QxcQa7aUje5X4v4RlVpJmSUcWL4Lu9wR1V/s200/logo04.jpg" width="158" /></div><br />
<b>Usar, mas não abusar, das intenções ocultas</b><br />
<br />
Baltasar Gracián: E, acima de tudo, não as revelar. Todo artifício deve ser disfarçado, pois desperta suspeita, em especial as intenções ocultas, que são odiosas. O engano é comum, portanto previna-se.. Mas esconda sua cautela dos outros, para que não percam a confiança. Uma vez patente a cautela ofende os outros e induz vingança, despertando males não imaginados. Agir refletidamente nos dá uma grande vantagem. Nada proporciona mais alimento para o pensamento. A maior perfeição de uma ação depende da maestria com que a executamos.<br />
<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA</a>: Nem todas as intenções podem ser patentes à primeira vista. Para que tudo chegue a um bom término é preciso que algumas metas só se tornem claras no momento oportuno. E saber observar toda a dinâmica das variáveis envolvidas no sistema em que nossa meta se encontra é a única forma de percebermos o melhor momento, a ocasião mais oportuna de se esclarecer todos os intentos. Muitas metas jamais chegariam a ver a luz se não tivessem sido devidamente escondidas nas trevas por um grande período de "incubação" interna. Algumas intenções são mais robustas e não se ferirão ou perderão forças com o convívio social, outras, no entanto, necessitam de maior cuidado e atenção para que cresçam sadias e desenvolvam todo o seu potencial.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-65524552445653579422011-05-23T13:46:00.000-07:002013-10-23T11:58:33.503-07:00Antropologia interna: O Líder e os rituais de socialização<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirHiKUAcfBITGGnMUMDeaGBXJmqAZ8jAf3jE7aEvOQ-C0Wwmo9fGJPFVWSPipp76t4MCXRncBQIC4NT3JinK_Av7FW2QGOMBhnjZNMJ9gr0SpI2CrWncLjJsr82v0VNVN7mGMpUmoMutu1/s1600/CAnecarosa004.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirHiKUAcfBITGGnMUMDeaGBXJmqAZ8jAf3jE7aEvOQ-C0Wwmo9fGJPFVWSPipp76t4MCXRncBQIC4NT3JinK_Av7FW2QGOMBhnjZNMJ9gr0SpI2CrWncLjJsr82v0VNVN7mGMpUmoMutu1/s1600/CAnecarosa004.png" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #e69138;">Sou resistente com a palavra 'líder' como tem sido usada. Percebo que a vulgarização de um termo colabora diretamente para a perda de sentido do mesmo. Dizer "amor" já não impacta como dizer "afeto". É claro que o amor é hierarquicamente superior ao afeto, mas o amor anda por aí em tanta letra de música, em tantas placas, dizeres, poemas, anúncios... é como crise. Nossos avós falavam da crise de 1929 com um pânico como se fosse a entropia, o universo se engolindo, tudo perdendo o sentido e as pessoas efetivamente se jogando dos prédios. Hoje em dia "crises" começam no café da manhã e terminam no jantar. Se os bombeiros fazem greve justa por justos salários e condições dignas de trabalho é uma "crise de insegurança incendiária e marítima" segundo os meios de apavorament... digo comunicação. Quantas crises econômicas já vivemos? Isso sem contar as existenciais, afetivas, familiares... A repetição esvazia o termo. </span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgksrmv1gQ8gHJminCkfS4Uk7rn8S6yfGYZFo6tIM_NhKlhiSQzfUSCDX9nc_d5LMMyfVqA3cDm0DS-yus9BHBuTUd3jBs6oA_hEJF0L1emPWukEPdXGMxvc7UKQ9RWMHJV2H6TSGEzKfpO/s1600/lideranca013.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgksrmv1gQ8gHJminCkfS4Uk7rn8S6yfGYZFo6tIM_NhKlhiSQzfUSCDX9nc_d5LMMyfVqA3cDm0DS-yus9BHBuTUd3jBs6oA_hEJF0L1emPWukEPdXGMxvc7UKQ9RWMHJV2H6TSGEzKfpO/s200/lideranca013.jpg" width="133" /></a>O trabalho de um bom treinador, entre outros, é estar sempre delimitando o uso do termo, preenchendo de sentido aquilo que o mundo vive esvaziando. Ressalva feita, falarei do 'líder', com aspas mesmo. Porque não me refiro ao líder vazio de significado que aparece na capa das revistas da moda gerencial - falarei de um ponto de vista em que a palavra ainda tem sentido forte, do ponto de vista da ciência política que estuda as relações de poder e, logo, os 'líderes', com algum significado. </div>
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Informação, conhecimento, poder</span></div>
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Um bom 'líder' observa. É impossível liderar sem possuir muita informação estruturada em conhecimento e a melhor forma de conseguir boas informações é observar. Mais do que o que João fala ou Maria escreve, me interessa o que João faz e o que Maria produz. Observar os comportamentos dos membros da equipe é a melhor forma de compreender suas visões de mundo e saber dialogar no mesmo nível, na mesma linguagem, com os colegas e 'liderados'. </div>
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Observar e perceber rituais. É perceber etapas no desenvolvimento da carreira pessoal e no desenvolvimento da carreira de seus colegas e 'liderados'. Tendo uma consciência maior das fases de integração social dentro de uma empresa ou departamento é possível 'liderar' com mais efetividade e operar mudanças de forma inteligente, coadunando a fase da carreira do indivíduo com suas aspirações pessoais e as expectativas inerentes ao cargo que ele ocupa.<br />
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<br /></div>
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Integração social e fases</span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMDGMX-OEWMko0u27oFUT2aWkuBXZCuxJFxwhsIGEGIHu5kU_8O3U5LiyG6xhs5K5GwUml_Mng5dZAku4oEGmn5oIVB0UQaeBqBUWd6y_NIiiyiWxFRnTSuSSP67Y4RvvW0KSxMadhhl5u/s1600/lideranca014.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMDGMX-OEWMko0u27oFUT2aWkuBXZCuxJFxwhsIGEGIHu5kU_8O3U5LiyG6xhs5K5GwUml_Mng5dZAku4oEGmn5oIVB0UQaeBqBUWd6y_NIiiyiWxFRnTSuSSP67Y4RvvW0KSxMadhhl5u/s200/lideranca014.jpg" width="200" /></a></div>
A integração em um grupo, seja ele familia, um círculo de amigos ou um grupo de trabalho, implica a aquisição de status, de papéis e de normas. Ela pode se realizar de diversos modos, entre eles as práticas de inserção e ritualização que exemplificaremos a seguir.</div>
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;"><br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Socialização organizacional</span><br />
As práticas de inserção, sessões de orientação, formaçãno no local de trabalho, tutoria, boletins internos, manuais de procedimentos são o que se pode considerar como socialização organizacional e podem ser investigados com facilidade pelos 'líderes'.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">A entrada</span><br />
A primeira etapa da sociaização consiste na entrada do indivíduo em um grupo. No decorrer dessa etapa, indivíduo e grupo procuram conhecer-se o bastante para saber se vão estabelecer uma relação duradoura. É como a primeira vez que você é convidado para conhecer a família do seu namorado ou namorada. O indivíduo procura informação a respeito do grupo e das pessoas que fazem parte dele - Ah, e o seu pai é formado em quê mesmo? E sua mãe, como se chama? Seu irmão trabalha em...? A partir daí o indivíduo consegue começar a determinar os papéis que pode desempenhar e as contribuições que pode trazer. </div>
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<br /></div>
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Representantes do grupo também procuram informações sobre o novato - E você trabalha em quê mesmo, rapaz? - sobre sua personalidade, sua história pessoal - E seus pais? De onde são? - suas qualidades, sobre os recursos de que dispõe etc. Quando as duas partes calculam que seria interessante estabelecer a relação, então o indivíduo faz sua entrada no grupo.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">A aceitação</span><br />
No início, o indivíduo pode se contentar com fazer parte do grupo e, caso se trate de uma organização, seu principal desafio será demonstrar seu valor e sua capacidade de lograr uma boa performance para se fazer aceitar pelos membros do grupo. Nessa fase o indivíduo se esmera em corresponder as expectativas que percebe que recaem sobre ele. - Seus pais gostaram de mim?<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">A adaptação</span><br />
Para ampliar sua aceitação no grupo - tornar-se um "nativo" - o novato precisa em primeiro lugar se familiariar com seu trabalho e com o funcionamento da organização, em seguida precisa tomar informações a respeito das responsabilidades que lhe incumbem e ter bom desempenho.<br />
<br />
Isso implica que ele deve aprender muita coisa: familiarizar-se com a instalação física da organização - Onde ficam os talheres? - tomar conhecimento das regras e dos procedimentos administrativos - Ah, é aqui que eu sento? - das relações hierárquicas e das alianças informais, descobrir os recursos oferecidos pela organização e a maneira de ter acesso a eles, os hábitos de trabalho comumente admitidos e esperados, as responsabilidades que lhe cabem, os papéis que lhe são atribuidos, as competências que deve desenvolver etc.<br />
<br />
Isso requer igualmente que o novato seja capaz de estabelecer relações positivas com seus colegas e com seu superior hierárquico, que aceite trabalhar com pessoas que não pensem exatamente como ele, que descubra como procurar ajuda se tiver necessidade, que confie nos outros e aumente sua eficiência pessoal dentro do sistema.</div>
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;"><br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">A integração</span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMeD-X42hpk5Ja-wN8XxTiO9chVGudJMo6YrH-BUaOiEikBgCqhAqbSLVl0ZTfUxm1Zi_B8uYgzlEtOCLpdeaTlzyUUdAtFLl0_d-sR7RrPZUdYDjbRYRsATyXYXMf87FAjb2b0XOhmWLY/s1600/lideranca015.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMeD-X42hpk5Ja-wN8XxTiO9chVGudJMo6YrH-BUaOiEikBgCqhAqbSLVl0ZTfUxm1Zi_B8uYgzlEtOCLpdeaTlzyUUdAtFLl0_d-sR7RrPZUdYDjbRYRsATyXYXMf87FAjb2b0XOhmWLY/s1600/lideranca015.jpg" /></a></div>
O novo membro precisa aprender muitas coisas e interiorizar as normas e valores da organização, preservando sempre sua individualidade e criatividade. Então, quando os membros daquela organização reconhecem sua competência e contribuição ele torna-se um membro integral do grupo, e o sentimento que ele experimenta de pertencer ao grupo alcança um ponto elevado.<br />
<br />
O grupo atribui ao novo membro papéis que julga que ele seja apto a desempenhar, a fim de aumentar sua contribuição para a eficiência da unidade e da organização.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Fase de divergência</span><br />
Em dado momento é possível que o novo membro experimente um sentimento de ter atingido o ápice em seu trabalho, ou sinta tédio, ou ainda necessidade de fazer outra coisa. Ele pode, então, negociar novos desafios - Estamos pensando em viajar juntos! Europa! Um mês! - com os outros e pensar em mudanças em seus papéis. Essa é uma etapa na qual o individuo define seus objetivos e busca oportunidades de avanço na empresa.</div>
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<br /></div>
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Fase crítica: mudança ou estagnação</span><br />
É natural que seu engajamento no grupo diminua, assim como seu interesse pelo trabalho. A ausência de desafios tende a gerar apatia. Quando logra entender-se com seus colegas, é possível que encontre um meio de redefinir seus papéis sem contrariar os outros e talvez decida continuar em seu posto. É também possível que ele deseje deixar seu posto e precise ser promovido ou mudar de empresa.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Fase da partida</span><br />
A última etapa é a saída, que corresponde ao momento em que o indivíduo decide deixar seu posto. A partida não é obrigatoriamente um acontecimento traumático - Quer casar comigo? - pode ser um momento em que ele e o grupo rememoram os acontecimentos felizes e infelizes que marcaram sua relação. Ou pode ser um término mesmo.</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFQJT9dfFOOA2KU6Kz8mjOW3BHPLnyrHetgTbwIuJpoF09mRy4Kkga2cW6BZt_RzuVsmZGFUaYZnNdVWga7stNU-1KkMp2jT0mTvfg2qqx2wCqR3r7Z7s4MkXtYY9y-GzEhtNPr9cawyig/s1600/lideranca016.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFQJT9dfFOOA2KU6Kz8mjOW3BHPLnyrHetgTbwIuJpoF09mRy4Kkga2cW6BZt_RzuVsmZGFUaYZnNdVWga7stNU-1KkMp2jT0mTvfg2qqx2wCqR3r7Z7s4MkXtYY9y-GzEhtNPr9cawyig/s200/lideranca016.jpg" width="143" /></a></div>
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">A organização e a herança organizacional</span><br />
Ao longo de sua passagem pelo grupo o indivíduo contribuiu para a mudança da estrutura social desse grupo em razão das acomodações e transformações que produziu na situação que lhe haviam conferido no início. Seu substituto, se houver um, deverá continuar o trabalho que ele empreendeu. Em outros termos o substituto assumirá a posição tal como a deixou o ex-funcionário ao sair do grupo. Posteriormente ele poderá voltar à primeira fase e empreender mudanças estruturais uma vez inserido no contexto, mas a princípio ele terá que satisfazer expectativas que outro criou.</div>
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Ritos: observação e mudança</span><br />
O processo de integração de um indivíduo em uma cultura corporativa é paralelo ao processo psíquico do apego e isso comprova a complementaridade desses dois processos. 'Líderes' que se interessam pelas práticas de socialização organizacional observam padrões de interação que se repetem bastante nas empresas. Esses padrões são, de fato, ritos de inserção e denotam a importância da ritualização como mecanismo de integração.<br />
<br />
Um ritual - no contexto da cultura orgnizacional - é uma sequencia de atividades empreendidas por uma pessoa ou grupo para obter determinadas respostas d outro. Podem-se observar diversos rituais nas empresas: acolhida de novos membros, ritos iniciáticos, festas organizadas quando de comemorações empresariais importantes, cerimônias oficiais, assembléias de funcionários etc.<br />
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Uma passagem do livro <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_petit_prince">O Pequeno Príncipe</a> ilustra muito bem isso:</div>
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<i>"A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:</i></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFIyiHSvFT5_wk1W3bKU67B2SmrSp_4lfoUY6pLnxvtu2SmYBrgvDMneI7SGTaRewlCuZ47wJ6YRseF56ZvDJ4Mv6xVKKK49wOclRPO87M5xq58jUYbfh_LJjj2dfi0reetVl96URJyyZ7/s1600/lideranca017.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="124" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFIyiHSvFT5_wk1W3bKU67B2SmrSp_4lfoUY6pLnxvtu2SmYBrgvDMneI7SGTaRewlCuZ47wJ6YRseF56ZvDJ4Mv6xVKKK49wOclRPO87M5xq58jUYbfh_LJjj2dfi0reetVl96URJyyZ7/s200/lideranca017.jpg" width="200" /></a></div>
<i><br />
- Por favor... cativa-me! - disse ela.<br />
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- Bem quisera - disse o principezinho -, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.</i><br />
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<i><br />
</i></div>
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<i>- A gente só conhece bem as coisas que cativou -disse a raposa - Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Comprarm tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!<br />
<br />
- Que é preciso fazer? - perguntou o principezinho</i></div>
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<i><br />
</i></div>
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<i>- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. - tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto.<br />
<br />
No dia seguinte o principezinho voltou.<br />
<br />
- Teria sido melhor voltares À mesma hora - disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as trÊs eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... é preciso ritos."</i> - Trecho do livro <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_petit_prince">Le Petit Prince</a>, de Antoine de Saint-Exupéry<br />
<br />
É pela socialização que se aprende as normas e os papéis sociais, interioriza-se os elementos socioculturais próprios a seu meio e desenvolve-se o sentimento de pertencimento, que é o que libera o indivíduo para ser dinâmico e criativo no seu trabalho, além de reforçar os vínculos de qualidade de vida no trabalho que cimentam a fidelidade no trabalho. Já conheci muitas pessoas que se mantiveram fieis não à empresa em que trabalham nem ao seu salário, mas à qualidade das relações construídas no local de trabalho. Um bom 'lider' conhece cada etapa desse processo e sabe como trabalhar especificamente em casa uma delas.<br />
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O curso <a href="http://www.institutoatena.com/lideranca.html">Liderança Corporativa e PNL</a> patenteado pelo <a href="http://www.institutoatena.com/">Instituto ATENA</a> treina arduamente técnicas da pnl criadas exclusivamente para trabalhar a cultura organizacional e os ritos, ampliando a concepção e oferecendo novas ferramentas gerenciais para uma liderança efetiva e inteligente.<br />
<br />
Texto: Renato Kress<br />
Diretor do <a href="http://www.institutoatena.com/">Instituto ATENA</a></div>
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Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-2509413965019221082011-05-19T10:38:00.000-07:002011-05-19T11:05:05.533-07:00Estratégia Social XL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO9w4-4hBrZtjFyye-ygCJ7j6Q3cqHWdCkCHgB1z1TiewZtowef-Yx6LFza2RbV2-C8YynfV6q6siD3wUsoKPan25fZXT9C9rWHhDi_1IF5iSUvSWTrAtUUdYQfW3nXAC88bYvqwWN-NLE/s1600/logo04.1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO9w4-4hBrZtjFyye-ygCJ7j6Q3cqHWdCkCHgB1z1TiewZtowef-Yx6LFza2RbV2-C8YynfV6q6siD3wUsoKPan25fZXT9C9rWHhDi_1IF5iSUvSWTrAtUUdYQfW3nXAC88bYvqwWN-NLE/s200/logo04.1.png" width="158" /></a></div><b>Tratar com simpatia os grandes homens</b><br />
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Baltasar Gracián: O Herói se combina com heróis. Tal capacidade, chamada simpatia, constitui uma maravilha da natureza, por ser tão misteriosa quanto benéfica. Existe afinidade de coração e de temperamento, e os efeitos da simpatia se parecem com os que o vulgo atribui às poções mágicas. Essa simpatia, além de nos ajudar a ganhar a estima, faz com que os outros se inclinem para nós, granjeando rapidamente sua boa vontade. Persuado sem palavras, conquista sem mérito. Existem a simpatia ativa e a passiva, e ambas operam maravilhas quando ornadas de qualidades sublimes. Requer grande habilidade conhecê-las, distingui-las e tirar proveito delas. Não há esforço que baste se não houver tal privilégio misterioso.<br />
<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA</a>: É comum, em nossa sociedade hipercompetitiva, que se esqueça o foco principal do trabalho e que o indivíduo se perca em observar o vizinho com desdém, desconfiança e medo. Essa é a mentalidade de um covarde e um covarde não tem méritos. O medo gera a intolerância e o ódio, que alimenta a inveja e a competitividade sem foco. Essa espécie de competitividade é característica de quem perde o foco na meta e transforma o que vê como "concorrente" na meta. É a estratégia básica do medroso querer que todos vivam na insegurança como forma de mascarar sua própria ausência de foco, de plano, de criatividade ou autonomia. Só os corajosos, só os autônomos e verdadeiramente conscientes de si e de suas capacidades são capazes de ser simpáticos em relação aos grandes homens, admirar-lhes os feitos e aprender com eles. É preciso uma grande dose de humildade para ser grande.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-62948814287197241982011-05-18T09:20:00.000-07:002012-04-20T11:01:01.138-07:00A Real Estratégia: Sun Tzu, cases de sucesso e auto-ajuda contemporânea<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdna2NhybYw7UoTR5HgytxYLYGEdNCqKgu6NILu9nNQy3x3Sx2f6RuWjch47T_SyAmQAkVyGC8veHtxcXsur110MsA0KN5PdJHXxG9qNVf0eQh1exfFaPIgKDrzPnfD6NTHfPdkz3gBGeH/s1600/logo04.1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdna2NhybYw7UoTR5HgytxYLYGEdNCqKgu6NILu9nNQy3x3Sx2f6RuWjch47T_SyAmQAkVyGC8veHtxcXsur110MsA0KN5PdJHXxG9qNVf0eQh1exfFaPIgKDrzPnfD6NTHfPdkz3gBGeH/s200/logo04.1.png" width="158" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY-KlP3J1OKmwyBGhlxWrWDZS9qpf_V__tENRr70rRStbRGpNXkFS26XLFVoATy9P7fMrE675LU5mhCqq6Bw44-Cywy77_YQTMaa-TbbaKC_g0dVV7F77-i4UnQNxF5EaBnhN8YUY9rtRx/s1600/aretetime010.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY-KlP3J1OKmwyBGhlxWrWDZS9qpf_V__tENRr70rRStbRGpNXkFS26XLFVoATy9P7fMrE675LU5mhCqq6Bw44-Cywy77_YQTMaa-TbbaKC_g0dVV7F77-i4UnQNxF5EaBnhN8YUY9rtRx/s200/aretetime010.jpg" width="200" /></a><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Sempre que caminho por entre as livrarias não me furto à oportunidade de vasculhar os livros de programação neurolingüística (pnl), de coaching, de mentoring. Deveria ficar a critério de um bom biblioteconomista mas acredito que fique a cargo dos próprios funcionários a alocação dos livros. Os de pnl e coaching acabam ficando próximos ou mesmo em três seções: auto-ajuda, administração e psicologia. Bem, tanto a pnl quanto o coaching são ótimas ferramentas que podem auxiliar nos três processos: resolução de questões e angústias pessoais, administrar metas e alcançar objetivos e conhecer-se melhor para viver melhor. São áreas correlatas e é saudável que sempre que possível, trabalhem em uníssono.</span><br /><br />Observando os livros que ladeiam os de pnl e de coaching pude notar o excesso de livros com 10 passos, 7 passos, 20 hábitos, 30 técnicas etc para ser mais assertivo, próativo, um vendedor de sucesso, um empresário de sucesso, para resolver isso ou aquilo etc e essas publicações me preocupam.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Sistemas Complexos</span><br /><br />Me preocupam não porque esses 10 passos, 20 hábitos ou 30 técnicas não sejam funcionais, muitas vezes o são e são muito até! Tudo depende, é claro, da expectativa com que se adquire tais livros e da forma como se lê essas obras. Quem trabalha com teoria social sabe o quão penoso, inglório, injusto e decepcionante é tentar adequar a sociedade a uma teoria sobre essa sociedade. O mais sábio é sempre sacrificar toda ou pelo menos uma parte da teoria e não querer que a realidade se encaixote para caber nesse ou naquele modelo - porque isso nunca acontecerá. Sociedades são sistemas vastos, complexos e dinâmicos demais para caber em qualquer teoria. O mesmo se aplica ao ser humano.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Indivíduos únicos, circunstâncias únicas</span><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7qiES1wKiMb-MV3riNeR93nByibJQ6Tp9hlQMcAUzkt_3OlrTeOnqFHPY8Ll_yPlqO55e99DDDhDVjFvjMHlHoBKEZqk_m7iEjJRmb2oViMePpfjE72bOiJdFJkt10aFAR23EfZkpt7o/s1600/aretetime011.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7qiES1wKiMb-MV3riNeR93nByibJQ6Tp9hlQMcAUzkt_3OlrTeOnqFHPY8Ll_yPlqO55e99DDDhDVjFvjMHlHoBKEZqk_m7iEjJRmb2oViMePpfjE72bOiJdFJkt10aFAR23EfZkpt7o/s200/aretetime011.jpg" width="133" /></a></div>Cada ser humano tem uma representação da realidade diferente. Um pintor sabe muito mais cores e nuances do que o escritor desse texto, com toda certeza. Um cozinheiro conhece muito mais filigranas e teores de sabores que a maior parte de nós. Um índio vive toda a sua vida num ambiente em que nós morreríamos em questão de dias. Seres humanos são diferentes, são frutos de experiências de vida diferentes.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Percepções e pnl</span><br /><br />Não me preocupa a intenção do escritor do livro - que elencou um modelo interessante, inteligente talvez mesmo revolucionário de alcançar um determinado objetivo - não me preocupa porque é disso que se trata a pnl, por exemplo. "Modelar", criar um modelo baseado na conduta intrínseca (valores, crenças, identidade) e extrínseca (ambientes, comportamentos, habilidades) de um indivíduo e usar esse modelo para atingir uma performance maior que a que ele atingia anteriormente.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">A intenção do leitor</span><br /><br />Me preocupa mesmo é a forma como compramos essas obras, como muitas vezes acreditamos sinceramente que a aplicação de um modelo baseado num indivíduo que alcançou um determinado sucesso (suponhamos a criação de um "Modelo Eike Batista" por exemplo) nos faz crer que teremos os mesmos resultados que os alcançados pelo indivíduo modelado. Isso é irreal. As circunstâncias da vida de um Schumacher e o talento de um Schumacher são pessoais e intransferíveis, o que não quer dizer que eu não vá dirigir melhor se modelar o Schumacher, com certeza irei. Mas nunca como ele.<br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC7tm6Rd9yyGYV-s34mnuFb59AghPS0vNL_cEicT3jPqcQ4OvGsQteFn3on4xsW1cpYdC3_pgPLp77J6dz4VbNJkctiDjXRmAwKiscsojVBgB5LsDhTvdzwJYmbTYdulAe6f5L3ESUvQxK/s1600/aretetime012.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC7tm6Rd9yyGYV-s34mnuFb59AghPS0vNL_cEicT3jPqcQ4OvGsQteFn3on4xsW1cpYdC3_pgPLp77J6dz4VbNJkctiDjXRmAwKiscsojVBgB5LsDhTvdzwJYmbTYdulAe6f5L3ESUvQxK/s200/aretetime012.jpg" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O que você espera que<br />aconteça ao terminar de <br />ler um livro como esse???</td></tr></tbody></table><br />O problema nos livros com 10 passos, 20 hábitos ou 30 técnicas é que muitas vezes o leitor não tem uma meta bem definida (literalmente não sabe o que quer) e, quando chega ao final do livro, tendo aplicado melhor ou pior alguns dos seus preceitos, fica genuinamente decepcionado ao olhar ao redor e não estar efetivamente "no cockpit" ou balançando uma garrafa surrealmente grande de champagne, vestindo um macacão todo tatuado de empresas e ouvindo as pessoas saudando ele.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Nenhum "case de sucesso" foi criado baseado em outro "case de sucesso"</span><br /><br />Quando não temos uma meta bem definida, quando não sabemos o que queremos, nenhum modelo será bom o suficiente, nenhum hábito, nenhuma técnica, nada será eficaz. Mas além disso há também outro fator a ser considerado: a especificidade da realidade à qual aplicamos aquele modelo.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguPH-QVMAT8Wu9Qal8j8UhGrcsHvAYotPas4m5ib82j7033keh4HKQOEIlqTCbx82WOpIrIXAmuhg2KfQEW49j7j32lddVqQfoVVMD9N-mdLCNYn8EDriGP2fbEJTxmNzfbIhC07L4Ej9i/s1600/aretetime014.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguPH-QVMAT8Wu9Qal8j8UhGrcsHvAYotPas4m5ib82j7033keh4HKQOEIlqTCbx82WOpIrIXAmuhg2KfQEW49j7j32lddVqQfoVVMD9N-mdLCNYn8EDriGP2fbEJTxmNzfbIhC07L4Ej9i/s1600/aretetime014.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Só sistemas fechados e simples<br />comportam soluções únicas!</td></tr></tbody></table>Trabalho com empresas e empresários e muitas vezes ficamos um bom tempo tendo descobertas acerca dos "cases de sucesso". Muitas vezes vejo eles lendo os "cases" como leitores inocentes de auto-ajuda, como se pudessem aplicar, por exemplo, a estratégia da Nike ao problema da Grendene. A Nike tem especificidades, tamanho, estruturas de produção e logística que a Grendene não tem e as "estratégias" da Nike dificilmente se encaixarão nas metas da Grendene. São ambas empresas do ramo de calçados, mas a semelhança nasce e morre aí.<br /><br />Um "case de sucesso" deve ser lido para percebermos como uma empresa com problemas utilizou os recursos de que dispunha para resolver a questão ou até para alavancar o seu desenvolvimento através dessa situação, mas nunca com a expectativa de aplicarmos diretamente aquele "case" ao nosso caso particular.<br /><br />Sun Tzu, no capítulo seis da obra "A Arte da Guerra" diz:<br /><i><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">"Todo mundo conhece a forma que resultou em vencedor, porém ninguém conhece a forma que assegura a vitória. Em conseqüência a vitória na guerra não é repetitiva, senão que adapta sua forma continuamente. Determinar as mudanças apropriadas significa não repetir as estratégias prévias para obter a vitória. Para consegui-la, posso adaptar-me desde o princípio a qualquer formação que os adversários possam adotar."</span></i><br />Esse texto, escrito a 2500 anos, já nos alertava para a facilidade em perceber o vencedor depois da batalha vencida: "Todo mundo conhece a forma que resultou em vencedor", e para a impossibilidade de saber uma única forma que resulte na vitória: "...porém ninguém conhece a frma que assegura a vitória.", mas o mais importante é sempre a noção de que a vitória não se dá por modelos vitoriosos - nenhum "case de sucesso" foi baseado inteiramente em outro "case de sucesso" - e sim pela capacidade dos indivíduos envolvidos na tarefa de adaptarem-se às circunstâncias reais dadas no momento da "batalha".<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Adaptação e vitória</span><br /><br />Não estamos aqui apenas porque soubemos lutar bravamente com paus e pedras de 5000 anos até hoje, estamos aqui porque as situações mudaram e nós soubemos nos adaptar. Falando em adaptação, é bom que ela seja sempre mediada por nossas circunstâncias exteriores e orientada para nossas metas. São os dois focos da nossa atenção "no calor da batalha". Um célebre ocidental que estudou muito aprofundadamente acerca da adaptação, percebeu a importância dessa mesma atenção:<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">"A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana."</span> - Charles Darwin<br /><br />Texto de <a href="https://www.facebook.com/renato.kress">Renato Kress</a><br />Diretor do <a href="http://www.institutoatena.com/">Instituto ATENA</a><br />Criador dos Treinamentos <a href="http://www.institutoatena.com/arte.html">A Arte da Guerra</a> e <a href="http://www.institutoatena.com/jornada.html">A Jornada do Herói</a>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-87420815289322143162011-05-12T10:27:00.000-07:002012-04-20T11:01:01.161-07:00Superioridade e Honra: Caminhos, descaminhos, estratégia e valores<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Fx5ib9oWf3ZWAln1QtSz0UfB_yvxifRPb5hFp_6s8G6rCQ5KzXXDX9-i7L5lgE4S5O_sa5nccpPr535wNZj-jl_DyJ6Lc4oZI4YgIdXmmk_192yR-sFS5aySigjhcQyutNGcljjJip_x/s1600/logo04.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Fx5ib9oWf3ZWAln1QtSz0UfB_yvxifRPb5hFp_6s8G6rCQ5KzXXDX9-i7L5lgE4S5O_sa5nccpPr535wNZj-jl_DyJ6Lc4oZI4YgIdXmmk_192yR-sFS5aySigjhcQyutNGcljjJip_x/s200/logo04.jpg" width="158" /></a></div><i><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">"Existem vários caminhos. Há o Caminho da Salvação pela Lei do Buda, o Caminho de Confúcio que governa o Caminho do Aprendizado, o Caminho da cura como médico, como poeta ensinando o caminho de Waka¹, chá², arco e flecha³ e muitas outras artes e escolas. Cada homem pratica de acordo com sua inclinação."</span></i> - Miyamoto Musashi, Livro da Terra, in: Livro dos Cinco Anéis (ou Livro das Cinco Esferas)<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVbCeBOirXFVw_cxMxMU8fauyOSw8gzWPpi4lhpBhC_sYRgQEZey-5oG9cfSx5uySuB40QjLpzroubjxYr2QhediUE9Kh6tN7i-M-BSdFo-WdMWKL4RjT_DpORvoBuZu1_3Ow0XJ5r9pmu/s1600/aretetime007.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVbCeBOirXFVw_cxMxMU8fauyOSw8gzWPpi4lhpBhC_sYRgQEZey-5oG9cfSx5uySuB40QjLpzroubjxYr2QhediUE9Kh6tN7i-M-BSdFo-WdMWKL4RjT_DpORvoBuZu1_3Ow0XJ5r9pmu/s200/aretetime007.jpg" width="137" /></a>Para Musashi o caminho do Guerreiro é o caminho que leva à aceitação resoluta da morte. A morte, para uma cultura taoísta como a de Musashi, é a aceitação da eterna impermanência. Impermanência de nossos corpos, que envelhecem desde o dia em que nasceram, de nossas situações cotidianas que se transmutarão em outras, de nossa compreensão de nós mesmos e do universo que nos cerca. Para quem saiba ler o Livro das Cinco Esferas, tornar-se um guerreiro, ou melhor, assumir o caminho do guerreiro, é aceitar a mudança que se espera de toda ordem constituída. A vida é passagem e quem se perder nas margens do rio da vida na busca pela eterna infância, juventude ou mesmo eterna velhice, não pode assumir esse caminho, viver esse fluxo.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">O Caminho da Estratégia</span><br /><br />Os praticantes do caminho do guerreiro são conhecidos como "mestres da estratégia". A aceitação resoluta da morte, num contexto estratégico, nada mais é do que um bom exercício do que no ocidente denominamos "trade-off", abrir mão de algo (deixar algo morrer) para obter algo de maior valor para nossas vidas. Quando uso o termo "Valor" quero dizer "significado" e não explicitamente "dinheiro", "posição" ou "poder", a não ser que "dinheiro", "posição" e "poder" sejam seus valores primários. Valor é tudo aquilo que traz maior significado à sua vida.<br /><br /><i><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">"Recentemente têm surgido no mundo pessoas chamadas de estrategistas, mas no fundo não passam de esgrimistas."</span></i> - Myiamoto Musashi<br /><br />Vivemos num universo onde a mídia cerca e explode em multicores quando um envolvido em uma disputa comercial, industrial, política ou financeira atinge uma vitória. Tendemos a atribuir ao sujeito da vitória, ao vitorioso, títulos de estrategista, de grande guerreiro e de líder etc. Podemos até acreditar que livros como "A Arte da Guerra" de Sun Tzu estejam ultrapassados, que seus critérios de "vencer sem guerrear", "vencer o inimigo por cansaço" antes mesmo de entrar em batalha, "cooptar as mentes dos soldados do inimigo antes de enfrentá-los" etc estejam ultrapassados, afinal, o que as grandes revistas de negócios, os grandes livros e os grandes gurus nos apresentam é um mundo de grandes líderes em disputa acirrada, clara e aberta uns contra outros. Mas será que essas revistas não têm nenhum interesse? Será que elas não são patrocinadas por nenhum interesse? Quem paga a moda da ultracompetitividade? E paga com recursos infindáveis, ou com recursos finitos? E se esses recursos são finitos, porque se investe nisso?<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Essência e aparência</span><br /><br />O mundo da mídia pode se esgoelar para vender a cada um de nós a idéia de que a competição acirrada, a hipercompetitividade a qualquer custo é o caminho do "líder", do "guerreiro", do "estrategista", mas ele não pode negar o fato de que a Google, por exemplo, tem 4 décadas a menos do que a TimeWarner e tem o lucro líquido quase duas vezes maior. A diferença? A TimeWarner é a maior difusora da ideologia da hipercompetitividade no mundo e a Google não vende, mas efetivamente vive a ideologia da hipercolaborativiadade, dentro e fora da empresa. A quem interessa que nós permaneçamos sempre competindo, nos exaurindo, nos cansando, dispersando energia e recursos?<br /><br />A aparência da hipercompetitividade não encobre a essência de que quem está na frente não compete, cria! Só me interessaria que meus "concorrentes" competissem se eu vivesse no eterno medo, no pânico completo de que, uma vez deixados em paz, eles pudessem "crescer" e "me passar". Essa é a ênfase normal na mente de um covarde, não de um guerreiro. A mídia corporativa, tal qual a mídia social, incentiva a covardia pela incitação do medo. Só quem é muito inseguro acerca das próprias potencialidades, das próprias habilidades e do próprio conhecimento consegue viver nessa lógica. Não é o caso de um guerreiro como exposto por Musashi.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyRr1yhjaIdtk8P9dHTdficqBlkZK8WBU3yZl_bCFK4O-Q5f3jph3o9xMnps0uF8NE8c_DndO5ZHvugXUSI16xDimW1sxOu1bILHeKJ8F-Yzh3KWJJenA6wD_8LLJs7MvbcZ1ccS5Yqfjo/s1600/aretetime008.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="114" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyRr1yhjaIdtk8P9dHTdficqBlkZK8WBU3yZl_bCFK4O-Q5f3jph3o9xMnps0uF8NE8c_DndO5ZHvugXUSI16xDimW1sxOu1bILHeKJ8F-Yzh3KWJJenA6wD_8LLJs7MvbcZ1ccS5Yqfjo/s200/aretetime008.jpg" width="200" /></a></div><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">A venda e os critérios para a compra</span><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;"><br /></span><br /><i><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">"Se observarmos o mundo, veremos artes à venda. Os homens usam equipamentos para vender a si próprios. É como se a noz valesse menos que a flor. Nesse tipo de 'Caminho da Estratégia', tanto aqueles que ensinam quanto aqueles que aprendem o caminho ocupam-se de exibir a técnica, tentando apressar o desabrochar da flor. Falam 'deste Dojo' e 'daquele Dojo'. Estão à cata de lucros. Alguém afirmou uma vez: 'A Estratégia Imatura é a causa do sofrimento'. É verdade."</span></i> - Miyamoto Musashi<br /><br />Impressionante como parece que Musashi viveu nesse mundo, não? É natural aos que captam a essência do ser humano. Por isso determinadas leituras se tornam clássicos, porque seus autores captaram algo de próprio da natureza humana. A palavra "Dojo", significa "escola". E não vivemos hoje uma difusão de escolas e métodos de liderança, estratégia etc? E só há uma maneira eficiente de verificar a validade dessas escolas e métodos: aproximarmo-nos delas cautelosamente nós mesmos (pouquíssimo e raramente pela mídia, ela é paga para agir e age segundo quem paga) e observarmos o que seus representantes escrevem diretamente, o que falam e o que fazem, observar-lhes a coerência interna e, principalmente, se seus valores e crenças condizem com os nossos valores e crenças.<br /><br />Uma das maiores compreensões para o ser humano, talvez o grande discurso desse milênio, é a aceitação da diferença. Aceitar que a diferença existe e que não somos todos iguais é compreender, entre outras coisas, que há espaço para a diferença e que a "técnica" que funciona para o meu vizinho ou para o meu colega pode não ser a mesma que funciona para mim. Toda conduta humana está alicerçada em valores. Ora, uma técnica de liderança, uma "escola" de estratégia empresarial treina e às vezes até impõe uma determinada conduta. É necessário observar bem esses valores, para termos certeza se eles efetivamente são congruentes com os nossos ou não. Do contrário incorreremos em adotar uma postura esquizofrênica em nossas vidas e, mais cedo ou mais tarde, isso desembocará num desequilíbrio físico ou mental.<br /><br />Esteja sempre atento aos interesses e aos valores por trás do que "consumir" mentalmente, fisicamente, financeiramente. É a sua integridade e a sua possibilidade de crescimento sadio ou patológico (doentio) que está em jogo.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxIJFI01hAIXG_pYVMmCCFd1mviT7phOnkOYR4EiJwriHgKyRpL3Mhli5EU6QNfFgXyxYAZitFwBwWi02kEEPdNQWk4rTxHgwBVdY9o1eoFOvYyuzIIyUeB3L3jpOxg3TUcepUpxKluVkt/s1600/aretetime009.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxIJFI01hAIXG_pYVMmCCFd1mviT7phOnkOYR4EiJwriHgKyRpL3Mhli5EU6QNfFgXyxYAZitFwBwWi02kEEPdNQWk4rTxHgwBVdY9o1eoFOvYyuzIIyUeB3L3jpOxg3TUcepUpxKluVkt/s200/aretetime009.jpg" width="146" /></a></div><br />Artigo de: Renato Kress<br />Diretor do Instituto ATENA<br /><a href="http://www.institutoatena.com/">www.institutoatena.com</a><br />Criador dos cursos<br /><a href="http://www.institutoatena.com/jornada.html">A Jornada do Herói</a><br />e<br /><a href="http://www.institutoatena.com/arte.html">A Arte da Guerra</a><br /><br />________________<br />¹ Waka: A palavra significa "Canção do Japão" ou "Canção em Harmonia", que designa um poema de trinta e duas sílabas.<br />² Chá: A arte de beber chá seguia um ritual simples até hoje ensinado nas escolas. Ficou conhecido no Ocidente como o ritual do chá, feito basicamente por duas pessoas.<br />³ Arco e Flecha: Assim como o chá e a espada, a arte do arco e flecha é praticada em um ritual. Foi a principal arma do samurai nos períodos Nara e Heian, sendo que, mais tarde, cedeu lugar à espada. Contudo, não perdeu sua importância cultural, aparecendo habitualmente nas ilustrações que representam o aparato portado pelos deuses. O deus da Guerra Hachiman costuma ser representado como um arqueiro.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-68303756575719180812011-05-10T05:31:00.000-07:002011-06-21T20:42:30.921-07:00Importância estratégica da Cultura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ6HRFpK7BQCaTDCIx1QpNDDZmNGPWK9bQkO8IPN2xvpDeSAz6YeggEL-MhX1qAbHJ3ial_U0ikH3DnNwGIziZC6DLV-KMKTgtN_qlkG6TGUZ9JMhKUR4_mGIPy0t_N-To9zz7HnGxNWMP/s1600/logo+redonda.bmp.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ6HRFpK7BQCaTDCIx1QpNDDZmNGPWK9bQkO8IPN2xvpDeSAz6YeggEL-MhX1qAbHJ3ial_U0ikH3DnNwGIziZC6DLV-KMKTgtN_qlkG6TGUZ9JMhKUR4_mGIPy0t_N-To9zz7HnGxNWMP/s200/logo+redonda.bmp.png" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="color: #e69138;">Sou rato de livraria. Confesso. Quando saio para algum cinema desses cujo circuito fica em shoppings (me permito ver blockbusters tanto outras formas de cinema), não me nego ao prazer de passear pelas livrarias - geralmente infelizmente apenas uma ou duas - que existem por lá. São universos condensados em páginas, prensados em papel que, uma vez abertos, correm o sério risco de abrir nossas mentes também. Quando procuro por livros quero saber ao menos um pouco da biografia do autor. Quem é aquele sujeito ou aquela digna senhora risonha que pretende que eu compre um bloco impresso de suas idéias, que eu tenha intimidade com elas a ponto de levá-los no colo até a rede da varanda para mergulhar no seu universo interior? Preciso me interessar pelo tema, sem dúvida, mas observo sempre - vícios da profissão - com que interesse aquela obra foi escrita, qual o pano de fundo do autor.</span><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqC7VRf9KzGYwd6BChyfrWwgyeLU3Cbt5mSaIjyhp-FCh64rO_T4Uttu2dos0OeLNM3IoELWhytXbTcD_ywjMsOwNbwPN8yyKS2fkQrLnzBabfB_NFQBzTyCdkvUtwatSVpwwfz6KqNAkD/s1600/lideranca005.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqC7VRf9KzGYwd6BChyfrWwgyeLU3Cbt5mSaIjyhp-FCh64rO_T4Uttu2dos0OeLNM3IoELWhytXbTcD_ywjMsOwNbwPN8yyKS2fkQrLnzBabfB_NFQBzTyCdkvUtwatSVpwwfz6KqNAkD/s200/lideranca005.jpg" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="color: orange;">"Quem é que está falando?"</span><br />
Acontece a mesma coisa com os treinamentos. Quando procuramos treinamentos, quando buscamos cursos e palestras que possam efetivamente agregar conteúdo e conhecimento prático a nossas vidas, buscamos as formações dos que as ministram. Queremos saber em que a palestrante da palestra de "liderança" é formada, qual a experiência do palestrante de "coach" no assunto em que ele está palestrando etc. Toda essa preocupação é extremamente genuína, afinal, teremos uma a três horas do nosso dia dedicadas a escutar o que essa pessoa tem a dizer, sem contar o tempo de translado que muitas vezes acontece também.<br />
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Naturalmente pensamos "é bom que seja bom!" e nesse ponto entram os especialistas em marketing pessoal, em luz, câmera e ação para fazer o estudo cromático da palestra, organizar as credenciais, as dinâmicas certas, as falas corretas, as movimentações de palco e tudo o mais envolvidos na atmosfera do treinamento, curso ou palestra. E é justo que assim seja e até esperado.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Intenção, viés, perspectiva</span><br />
Toda essa preparação é importante seja qual for o tipo de palestra a ser ministrada. O que não se pode é perder de vista o conteúdo da palestra, esquecer o fundamento prático a ser desenvolvido depois dela e ficar fascinado por uma "pirotecnia" momentânea.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDE_6vIPsW2ts61Q3kWo59eGAG1VO8R7GDUyFENJy-Gq2evgomjCKjb-QjcWrR7Sp8Dx15s15GKaKlCmL6ioPGssm4kDwMgsKLQjE-aHjWyNZvxHWTbS4R0p8w34FaMjl2QMRnzpsitXPr/s1600/lideranca006.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="111" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDE_6vIPsW2ts61Q3kWo59eGAG1VO8R7GDUyFENJy-Gq2evgomjCKjb-QjcWrR7Sp8Dx15s15GKaKlCmL6ioPGssm4kDwMgsKLQjE-aHjWyNZvxHWTbS4R0p8w34FaMjl2QMRnzpsitXPr/s200/lideranca006.jpg" width="200" /></a>Uma palestra deve iluminar novas perspectivas de vida e, ao contrário do show, cuja essência se encerra em si mesmo e no ato de estar presente no momento - quase mágico - em que ele ocorre, a palestra deve, ao menos, incutir dúvidas interessantes, demolir algumas certezas infantis, alicerçar (mesmo que de leve) alguns novos pontos de vista e trazer um gostinho de novidade para depois dela. Esse ano decidi que só vou a shows se eu puder realmente dançar neles ou ouvir a música e me perder nela. Palestra eu vou para aprender algo novo, para conhecer novas perspectivas e profissionais interessantes. Talvez até para uma parceria, mas não para um show.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgprGwoTXtC73wClHXAwuAFImFbM43t0JYwgdSoEXGf7FsYJIYdUgGuhc4sI_lwGwVsMyRWLp2POm9wCdJvhHGRUsyZRBJZ4Tqk0CcRVT7BW5mQGf4K0DVH9IUjKnDiaZ4Pqb4HvMWUUCGI/s1600/lideranca007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgprGwoTXtC73wClHXAwuAFImFbM43t0JYwgdSoEXGf7FsYJIYdUgGuhc4sI_lwGwVsMyRWLp2POm9wCdJvhHGRUsyZRBJZ4Tqk0CcRVT7BW5mQGf4K0DVH9IUjKnDiaZ4Pqb4HvMWUUCGI/s320/lideranca007.jpg" width="320" /></a></div><br />
Quando vou a uma palestra sobre treinamentos ou coaching compreendo que vá ouvir muita coisa de que já estou ciente a algum tempo já que trabalho na área, mas espero ao menos ouvir algo em torno de 20 a 30% de novidade, afinal pelo menos é uma pessoa nova falando! Que o assunto não seja novo é compreensível e esperado muitas vezes, mas ao menos o viés, a perspectiva, a intenção, o foco! Gosto quando me pego rindo de canto de boca no meio de uma apresentação porque o palestrante uniu duas idéias que não me eram tão particularmente similares, gosto quando me pego aplaudindo de pé genuinamente. E aplaudo e sinto meu dia ganho com essas situações. E fico imaginando o que posso fazer, onde posso trabalhar para que meus ouvintes tenham sempre essa impressão das minhas palestras, sejam completamente leigos ou colegas de profissão.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Showman, mas com conteúdo!</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG2uqzDNzGF4l_zTjYztsJ4ufMRjM8SUhJJc8Uqd0uH1PYu8ThxMjqILDPHA3wh6cyGQiGKKfERRjnkTEQoZgSNi7iqyWmguYM40QBHbl9nkb4Ra_GbS8wtCRHSZFs6vjzUGBM_5IERBNL/s1600/lideranca008.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG2uqzDNzGF4l_zTjYztsJ4ufMRjM8SUhJJc8Uqd0uH1PYu8ThxMjqILDPHA3wh6cyGQiGKKfERRjnkTEQoZgSNi7iqyWmguYM40QBHbl9nkb4Ra_GbS8wtCRHSZFs6vjzUGBM_5IERBNL/s1600/lideranca008.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmHsyLmcXJtA-YcQM9Zs_J2V4wPXDk-krJvwemO8FR2KdD5_XOWhLV8kamCrkzi16zx7GpQfe0jzLZwQ5230a8k2a5x2tRg-W44OC12KB8VaLVKm637Hlo04W7iOoToAFOYzkbdqfbBCmL/s1600/lideranca009.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmHsyLmcXJtA-YcQM9Zs_J2V4wPXDk-krJvwemO8FR2KdD5_XOWhLV8kamCrkzi16zx7GpQfe0jzLZwQ5230a8k2a5x2tRg-W44OC12KB8VaLVKm637Hlo04W7iOoToAFOYzkbdqfbBCmL/s1600/lideranca009.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG2uqzDNzGF4l_zTjYztsJ4ufMRjM8SUhJJc8Uqd0uH1PYu8ThxMjqILDPHA3wh6cyGQiGKKfERRjnkTEQoZgSNi7iqyWmguYM40QBHbl9nkb4Ra_GbS8wtCRHSZFs6vjzUGBM_5IERBNL/s1600/lideranca008.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a>Nada contra pessoas que sejam naturalmente engraçadas e divertidas no palco, que tenham intimidade e naturalidade com a audiência, isso é maravilhoso! É até esperado, se considerarmos os treinamentos de palco, rapport e técnicas de comunicação que temos antes de virarmos trainers em programação neurolingüística (pnl), por exemplo. Mas a forma não deve suprimir o conteúdo. O conteúdo de um palestrante, suas leituras, suas experiências, sua trajetória e descobertas, deve ser um rio caudaloso jorrando pela forma. Seja a forma de um coach, com perguntas poderosas e significativas para a platéia, instigando e fazendo refletir, seja a forma de um treinador em pnl com dinâmicas, técnicas e conhecimentos específicos da área. Quem já viu uma palestra do Anthony Robbins por exemplo sabe do que estou falando. Ou do Tom Best. Modelos completamente diferentes de palestrantes que prendem pela forma e pelo conteúdo. Um com show externo, outro com show interno.<br />
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Como um caldeirão criativo, o conteúdo do palestrante necessita ser claramente superior ao que possa caber no tempo da palestra. Quando, ao final de uma palestra, parece que o palestrante esgotou seus conhecimentos ou suas metáforas, que já está se tornando repetitivo e cansativo, ou respondendo perguntas através de frases feitas ou mantras superficiais, qual será meu interesse em fazer um treinamento com ele? Ou comprar seu livro ou querer conhecer melhor seu método? É importante que ele tenha não só conhecimento na área sobre a qual palestra, mas um certo domínio de uma cultura geral que o proporcione abarcar outros mapas quando estiver palestrando.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Conhecer mil mapas</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSjmx5otIxu1kcTB6OnGMFa0mi-eNe2-ibJRanShKDZFO12H72ha-4PBBATgcdPJ1oRJXX-4k1UIzZfRZYBSjkzNFVo8wK6eBIa6eW7a-cc8B6BOPPlYQWAOqByJg-f3oMY16vW2vpfIWD/s1600/lideranca010.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="124" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSjmx5otIxu1kcTB6OnGMFa0mi-eNe2-ibJRanShKDZFO12H72ha-4PBBATgcdPJ1oRJXX-4k1UIzZfRZYBSjkzNFVo8wK6eBIa6eW7a-cc8B6BOPPlYQWAOqByJg-f3oMY16vW2vpfIWD/s200/lideranca010.jpg" width="200" /></a></div>Faz parte de uma das pressuposições básicas da pnl "o mapa não é o território", ou seja: minha representação do mundo (mapa) não é o mundo (território), de forma que a melhor maneira de garantir que minha mensagem seja passada para as mais diversas pessoas (e nunca sabemos quem estará presente) é falar através de diferentes metáforas, de diferentes campos do conhecimento. Por isso bons palestrantes de pnl são fenomenais, porque compreenderam que precisam ser internamente ricos para que possam ser melhor compreendidos e que se tornem mais interessantes, como pessoas e como profissionais.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Importância estratégica da cultura</span><br />
Nunca confiei em comentadores. Concordo com Nietzsche quando ele diz: "...os intermediários falsificam quase involuntariamente o alimento que transmitem: além disso, como recompensa de sua mediação, pedem demais para si: interesse, admiração, tempo, dinheiro e outras coisas, de que ficam, portanto, privados os espíritos originais e produtivos.". Esse é mais um dos motivos pelos quais só trabalho com criações minhas. Não vejo nada mais enfadonho que uma palestra de um treinador falando sobre o fantástico desenvolvimento da idéia X do indivíduo Y. A menos que o indivíduo em questão esteja em outro plano existencial eu vou querer aprender com ele, diretamente, e não com o comentador. Aplico no trabalho o que aplico nos estudos. Leio direto os filósofos, se possível em suas línguas originais, depois posso até me interessar por um orientador, mas nenhum nunca teve a paixão e a riqueza que o original, até hoje.<br />
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Me importa a pessoa do palestrante, sua experiência pessoal com o que está veiculando. E para que a pessoa do treinador se faça ouvir para além da "pirotecnia" possível em uma palestra, é natural que se torne um ser que desafia minhas concepções de mundo, que me instiga a ir além nas minhas descobertas, que me enriqueça pelo simples fato de estar ali se comunicando comigo, enfim, um ser humano interessante.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTKj3PbTlkonpPNEGUQ-421KjHphBPUZz9_oYoYD-7-8MQbNhMbyep0lsg2eEkPCwZ7iNyVoFrYkYmcfm24T4XVgLGDViVVX1aSp9W3_7zCU1Tz3wuLV1ALfz-fFlgPOW3If4icse594X1/s1600/lideranca011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTKj3PbTlkonpPNEGUQ-421KjHphBPUZz9_oYoYD-7-8MQbNhMbyep0lsg2eEkPCwZ7iNyVoFrYkYmcfm24T4XVgLGDViVVX1aSp9W3_7zCU1Tz3wuLV1ALfz-fFlgPOW3If4icse594X1/s200/lideranca011.jpg" width="200" /></a></div><br />
<i>"Quem abrir um livro de um filósofo de verdade, de qualquer época, de qualquer país, Platão ou Aristóteles, Descartes ou Hume, Malebranche ou Locke, Spinoza ou Kant, sempre encontrará um espírito rico em pensamentos, que possui o conhecimento e inicia no conhecimento, e que, sobretudo, se esforça sempre sinceramente para comunicar-se com os outros; por isso ele recompensa imediatamente seu leitor, a cada linha, pela fadiga de ler."</i> - Arthur Schpenhauer<br />
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Renato Kress<br />
Diretor do Instituto ATENA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><a href="http://www.institutoatena.com/">www.institutoatena.com</a>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-62091249547114042072011-04-27T06:05:00.000-07:002011-06-06T22:50:30.931-07:00Armadilhas pessoais: Ego, vaidade, autosabotagem e autopercepção<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitIihldtRi8Tfiv4rrbIRiapNbZx_sdEgrfYfmMXlBOJwpxZj09S1hOcsuExNfgFaRlgRN5dFt7DNhNsu5Fqc3i_8PgrWdHIhoIA95Db2FvYYZmUf_b1l4FJqx7AglKqpwFBcpeLvTeA71/s1600/lideranca001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitIihldtRi8Tfiv4rrbIRiapNbZx_sdEgrfYfmMXlBOJwpxZj09S1hOcsuExNfgFaRlgRN5dFt7DNhNsu5Fqc3i_8PgrWdHIhoIA95Db2FvYYZmUf_b1l4FJqx7AglKqpwFBcpeLvTeA71/s320/lideranca001.jpg" width="212" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Nessas últimas semanas observei um comportamento no mínimo estranho dentro de um grupo de coaches de que faço parte no facebook. Me causou um certo espanto a declaração de um dos membros de que ele era o "melhor do Brasil" e que para comprovar isso bastava colocar no google e procurar por essas palavras-chave - respectivamente "melhor coach do Brasil" - que encontraríamos o nome dele. </span><br />
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</div><div>Para além do fato de que o trabalho de coach é um trabalho de caráter pessoal e, portanto, deve ser medido por indicadores subjetivos, me impressionou na realidade a demonstração clara do que chamo a alguns anos de "malícia inocente", aquela espécie de malícia pueril digna de quem sequer cogita a existência de outras pessoas e subestima tanto a malícia quanto a inteligência alheia. Acima disso e muito mais grave que isso, subestima uma regra básica de conduta que já faz parte da cultura ocidental há mais de três mil anos (sim, muito antes de Cristo): Toda hýbris (conceito grego que significa "descomedimento do ego") será retaliada. Não demorou para que aparecessem vários colegas de profissão alertando ao autoproclamado "melhor" os perigos do egocentrismo.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Caminhos e descaminhos</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBdP28VQWpTZmYrQq3ZyxKS7dFl8YZh62ucADOPfW-A3KuVzqNsTEwJRRjQGGk_IjP59kdZz0uL40pZRxU2nqEyeJ8f0VilLIczG6yMG5JxdZq_pKSdWmqoA76atBhd10XSWNxL3FbyXgT/s1600/lideranca002.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBdP28VQWpTZmYrQq3ZyxKS7dFl8YZh62ucADOPfW-A3KuVzqNsTEwJRRjQGGk_IjP59kdZz0uL40pZRxU2nqEyeJ8f0VilLIczG6yMG5JxdZq_pKSdWmqoA76atBhd10XSWNxL3FbyXgT/s1600/lideranca002.jpg" /></a></div>O mito de Narciso, inevitável para quem pensa seriamente sobre o assunto, me vêm à mente enquanto escrevo essas pequenas considerações. Narciso, embevecido pela própria imagem no reflexo das águas paradas de um lago deixou-se definhar, sem comer ou beber, apenas admirando a própria beleza. Essa versão do mito me agrada mais pela carga simbólica que comporta. O deixar-se definhar sob águas paradas é justamente o deixar de admirar a riqueza alheia - em bom "pnlês" se é que esse idioma existe, ele deixou de admirar a riqueza dos mapas alheios, sua diversidade e os fluxos que advém dessa interação. Ele deixou de interagir. Para os gregos antigos o movimento das ondas e das águas simbolizava a vazão das emoções, o fluxo que sustenta nossa vida afetiva. O fato de Narciso estar hipnotizado por si mesmo sobre águas paradas simboliza justamente essa concepção de que os sentimentos se fixaram num único ponto e deixaram de fluir. Quando nossos sentimentos e percepções deixam de fluir porque ficaram estagnados em qualquer objeto de afeição (seja nós mesmos, seja apenas outra pessoa ignorando a nossa própria beleza, seja um grupo específico de indivíduos em detrimento do resto da humanidade) nós simplesmente deixamos de aprender, efetivamente definhamos e morremos.<br />
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Na medida em que a vida trata da mudança constante, cristalizar-se em qualquer ponto é negar a vida, sua riqueza, suas transformações, suas possibilidades, é mostrar uma visão muito estreita tanto de si mesmo quanto do universo ao redor.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">O problema da "malícia inocente"</span><br />
Em primeiro lugar, se pretendemos realmente ser estrategistas em nossas vidas, empresas ou projetos, precisamos urgentemente perder um pouco do que chamaremos de "malícia inocente". A "malícia inocente" é essa noção pueril (infantil) de que existe uma e apenas uma resposta, sistema ou forma de encarar o mundo que é válida, eficiente, eficaz e funcional. O caso crônico (grave) da "malícia inocente" é a crença arraigada de que alguém vai transformar essa solução milagrosa para os problemas da humanidade em um sistema, criar um livro, um método ou uma nova ciência e nos vender (geralmente na seção de promoções! Veja você!).<br />
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Isso é muito bom para criar campanhas de marketing - transformar determinado produto, livro ou idéia em algo completamente absoluto e indispensável -, mas em estratégia é um erro básico. Apoiar-se em uma única fórmula de ver o mundo: teoria dos jogos, teoria dos sistema, física quântica, administração clássica, hipercompetitividade a qualquer custo, busca patológica por "líderes" ou "lideranças", o que for, além de privar a todos nós da riqueza e da variedade da realidade - que sempre está para além de todas as teorias e leituras possíveis -, vai tornar-nos dependentes dessa visão que, uma vez derrotada, nos levará imediatamente ao desespero, perda de referências, estresse, desilusão, perdas financeiras e por aí vai, descendo a ladeira como bola de neve em desenho animado.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT9k7QfCxsLrON_TnIDcDBrYmwMwWIpD7HWgQlHfqv3V5pvelKgpL5N05WXTkifvpYNDPAzX25PjGB6TwdoGI_3Vk3-UETB85n5vymPk07xZGB4zWIFB-VyFz9MGfpoicJse2HqadwsGkk/s1600/lideranca003.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT9k7QfCxsLrON_TnIDcDBrYmwMwWIpD7HWgQlHfqv3V5pvelKgpL5N05WXTkifvpYNDPAzX25PjGB6TwdoGI_3Vk3-UETB85n5vymPk07xZGB4zWIFB-VyFz9MGfpoicJse2HqadwsGkk/s1600/lideranca003.jpg" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Eu sou meu maior inimigo</span><br />
Em treinamentos e em coaching, a única pessoa que pode efetivamente te colocar no paraíso ou no inferno é o treinador ou o coach. Independente do que disserem a seu respeito, se bom, se mau, se culto, se limitado, se divertido ou monótono, haverá um momento em que você estará frente a frente com os alunos ou face a face com o coachee e é ali que tudo se constrói e é ali que tudo se estabelece. Com muita repetição e treinamento você até consegue fingir alguma cultura, alguma simpatia se não lhe forem naturais, mas não há como fingir ou como escamotear inteligência ou valores, eles extravasam através de nossos poros, mesmo porque a pressão de estar ministrando uma palestra ou um treinamento nos joga numa posição em que é necessário relaxar e mostrar-se, revelar um pouco de quem se é e do que se sente e pensa. Decorar citações de autores famosos ou frases de efeito não vai livrá-lo de encarar os alunos que efetivamente sabem o que fazem ali e estão ali para aprender e não para terem seus egos massageados nem - muito menos - para massagear o ego do palestrante, instrutor ou coach. Qualquer um que já tenha dado um treinamento sabe isso. O ser humano tem a fascinante capacidade de ser surpreendente!<br />
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Quando percebo um comportamento que peca pelo excesso de malícia inocente penso se não há, para além da necessidade óbvia de autopromoção ou afirmação do ego, um pouco de autosabotagem no processo. Se ao menos num nível inconsciente não está se operando uma forma de sabotar-se pelas mais diversas razões. Talvez até mesmo como um pedido de ajuda ao mundo exterior, por uma parte da pessoa que está se mostrando resistente a essa cristalização da vida a essa paralisação das águas, a esse endeusamento de si mesmo.<br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: orange;">Conhece-te a ti mesmo</span><br />
Muitas pessoas citam essa frase, escrita no pórtico de entrada do Oráculo de Apolo na cidade de Delfos na Grécia. Conhecer a si mesmo é observar as motivações internas que nos levam a praticar determinados atos ou a operar nosso sistema interno através de um ou outro valores e crenças e a nos perceber de determinada forma. O que me leva a agir de determinada maneira? Porque preciso tanto reforçar externamente uma qualidade minha? O que essa qualidade significa para mim?<br />
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É perfeitamente compreensivo que, quando nossos critérios valorativos internos não andam bem estruturados, busquemos os limites e contrapontos no mundo externo. Quando não nos aprovamos buscamos aprovação no outro, num discurso específico, numa metáfora, numa religião ou mais recentemente no google. Isso tudo é perfeitamente possível. Só cabe a cada um perceber-se e julgar se, mais do que possível, isso é realmente necessário ou se não seria melhor conseguir essa aprovação por crivos internos, como a consciência e a autopercepção.<br />
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Embaixo da frase "Gnoti Sáuton" (Conhece-te a ti mesmo) no oráculo de Delfos, há uma outra frase de igual importância embora menos citada que diz "Medén Âgan" (Nada além da justa medida), essa frase vai muito bem com uma certa passagem do evangelho de Lucas "Quando fordes convidados para as bodas, não tomeis o primeiro lugar, para que não suceda que, havendo entre os convidados uma pessoa mais considerada que vós, aquele que vos haja convidado venha a dizer-nos: dai o vosso lugar a este, e vos estejais constrangidos a ocupar, cheios de vergonha, o último lugar. Quando fordes convidados, ide colocar-vos no último lugar, a fim de que, quando aquele que vos convidou chegar, vis diga: meu amigo, venha mais para cima. Isso então será para vós um motivo de glória, diante de todos que estiverem convosco à mesa; porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado (Lucas, cap. XIV, vv. 1 e 7 a 11.)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDPTpyoTG3Ffakofc46HDQ-zn-zlkjRV3C6_SYmqzz4xPlhqG_JRrxwogi1yUy_-khiT50_aThyusjcxAHs0eq85BRHjPUa8TyIM_sdEIuO_u3XtrIKVhm0nlwzTSVE9dfPn_WHeq5zZS-/s1600/lideranca004.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDPTpyoTG3Ffakofc46HDQ-zn-zlkjRV3C6_SYmqzz4xPlhqG_JRrxwogi1yUy_-khiT50_aThyusjcxAHs0eq85BRHjPUa8TyIM_sdEIuO_u3XtrIKVhm0nlwzTSVE9dfPn_WHeq5zZS-/s1600/lideranca004.jpg" /></a></div><br />
Em qualquer meio onde se pretenda ensinar é necessário que estejamos sempre à frente e, para isso, é necessário que estejamos sempre prontos a aprender, nunca a tomarmo-nos como obra última, perfeita e completa frente a um universo já plenamente esgotado diante de nossa própria grandeza. Perceber-se é um exercício necessário e constante de humildade, o mesmo exercício que nos possibilita evoluir e não sermos "definitivamente", mas tornamo-nos sim, diariamente, melhores que nós mesmos, nunca melhores que ninguém.<br />
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Renato Kress<br />
Diretor do <a href="http://www.institutoatena.com/">Instituto ATENA</a><br />
Arte em Treinamento Especializado e Neurolinguística Aplicada<br />
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Criador dos cursos únicos e patenteados<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/jornada.html">A Jornada do Herói</a><br />
<a href="http://www.institutoatena.com/arte.html">A Arte da Guerra Oriental</a><br />
<a href="http://www.institutoatena.com/estrategia.html">Estratégia em Ação</a><br />
<a href="http://www.institutoatena.com/lideranca.html">Liderança Corporativa e PNL</a><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px; line-height: 18px;"><br />
</span></span></div>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-10208536344306124142011-04-15T13:46:00.000-07:002012-04-20T11:01:01.076-07:00Eis o Homem<span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">Quando olhamos para o Cristo Redentor, no alto de Santa Teresa, de braços abertos para toda a cidade do Rio de Janeiro, podemos pensar em Deus, podemos literal e espiritualmente "elevar nossos pensamentos", "direcionar nossas vibrações, orações e percepções para o alto", quando vemos as gigantescas estátuas de Buda, pensamos na indivisão entre espírito e matéria, no uno, indiferenciado, no cosmos. Pensamos na transcendência, no imanente, no eterno. Raramente pensamos no homem. </span><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">Como se pensa o homem?</span><br />Quando pensamos no homem, no ser humano, logo nos inundam imagens de guerras, de chacinas, de violência, intolerância e agressividade. É o que somos condicionados para ver e crer, para compreender e para viver, o homem como o portador das piores desgraças, o homem como um vírus, depredando e aniquilando o planeta. Mas quem construiu o Cristo? Quem levantou as estátuas gigantes do Buda, as milhares de stupas e pagodas do rei Asoka pelos confins mais longínquos da Índia? Quem criou a arquitetura da Catedral de Chartres, a cidade de Petra, os jardins japoneses onde não se sabe onde a mão do homem acaba e começa a mão da natureza? O homem pode ser magnífico!<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGRG98HUWlYY4jU-RraGvAjFnD6qaa0KjE-QBy18L-Oj2y4JvTaJcnRzmP7FtAAr99OLJ2sOjCZU_uHZqph5JIb50qWlO25uI18cg__Vp53n9GF2cV_ETrcirIguexN4WSptiuHCYgRe0L/s1600/aretetime002-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGRG98HUWlYY4jU-RraGvAjFnD6qaa0KjE-QBy18L-Oj2y4JvTaJcnRzmP7FtAAr99OLJ2sOjCZU_uHZqph5JIb50qWlO25uI18cg__Vp53n9GF2cV_ETrcirIguexN4WSptiuHCYgRe0L/s400/aretetime002-1.jpg" width="400" /></a></div><br />Como cientista político sou educado para observar os interesses por trás de cada ação humana. Quando observo os jornais deflagrando o medo, disseminando a intolerância, a prepotência, a arrogância, o sentimento reacionário de agressão e competitividade entre os homens, penso imediatamente que o horário televisivo é pago e que alguém ou algum sistema se beneficia em menosprezar, diaria e cotidianamente a figura do homem.<br /><br />No célebre Mahabharata, a apopéia indu da construção do mundo pela ascenção da família dos Pândavas, está a frase: "E agora vou contar-lhe o segredo dos segredos: em todo este universo, não há nada maior do que o homem".<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">Potencial humano</span><br />Essa afirmação, pensada através de nossas lentes ocidentais, viciadas em compreender as relações internas e externas do homem como variações de um jogo de poder, seja através do ego seja através da hierarquia de poderes na sociedade, pode parecer completamente patológica, criada por um ego paranóico ou megalomaníaco a exemplo de alguns tiranos e políticos da história, convencidos de sua sublime importância pessoal. Mas não estamos falando aqui da grandeza de um ego pessoal ou de suas ambições, e sim da grandeza do potencial humano. Potencial que não mais pessoal do que universal, natural a todo ser humano.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">Expectativas e jogos de frustração</span><br />Você está convencido, com exceção dos estados emocionais de exaltação, da sua própria grandeza e da grandeza do homem? você está em desacordo consigo mesmo, cheio de mal-estares, de culpas, de vergonha às vezes, não tem amor por si mesmo porque está decepcionado demais, não sendo o que os adultos esperavam de você quando você era criança?<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">Mídia e Medo</span><br />Não costumamos ter uma alta opinião do que é o homem, tampouco os outros têm acerca de nós. É triste termos de reconhecer que a nossa civilização, o nosso meio cultural, não faz nada para dar essa alta idéia do que é o homem. Podem nos fazer admirar os feitos dos atletas ou dos cientistas, podem dar o prêmio Nobel a uma santa como Madre Teresa que consagrou a vida ao próximo por amor a Cristo, mas os meios de comunicação nos mostram essa grandeza e essa dignidade intrínsecas a todo homem? E que tipo de homem temos sido levados a admirar? O empresário acumulador? O jogador mercenário? O político espertalhão?<br /><br />Um produtor e apresentador de TV francês dos anos 1950, Arnaud Desjardins, numa sucessão de viagens ao Oriente em busca de respostas a várias questões fez a seguinte pergunta a um mestre em um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ashram">Ashram</a>: "Como é possível apreciar o valor do alimento que se dá a si mesmo ou que propõem os outros ao público?" a resposta a essa pergutna foi: "Dar uma alta opinião do que é o homem." Essa resposta deixou o apresentador mudo. Até então ele não tinha percebido em quão baixa conta tinha o restante da humanidade. Tinha uma alta idéia de místicos, mártires, santos, mas não da humanidade. Postas determinadas e muito especiais pessoas à parte, o resto da humanidade - para ele, até então - vivia no medo, na ignorância, na neurose, escrava de desejos e recusas. Desjardins mais tarde declarou: "Além de qualquer questão de vaidade, orgulho, pretensão, além das humilhações ou das lisonjas do ego, descobri um sentimento de dignidade e responsabilidade." Os conceitos de "Areté" e "Timé", as palavras que dão título a esse blog, significam "Superioridade" e "Honra", respectivamente, mas poderiam muito bem terem sido traduzidas como "Dignidade" e "Responsabilidade".<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0GVgkD-WZt3XTJIyQ-HA7bG2SVaSY8MI2q4WDYIacdQuSv-wlXJKB8HMOt4ruogqZ9YIhlhxy6TThaVsM5b6j1jTGfvASpc8kB9Kppqu07DAN8IZBKUqayj8LAIGInKlgF0DqUh_NB2Xi/s1600/aretetime007.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0GVgkD-WZt3XTJIyQ-HA7bG2SVaSY8MI2q4WDYIacdQuSv-wlXJKB8HMOt4ruogqZ9YIhlhxy6TThaVsM5b6j1jTGfvASpc8kB9Kppqu07DAN8IZBKUqayj8LAIGInKlgF0DqUh_NB2Xi/s200/aretetime007.jpg" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">A linha da dignidade</span><br />Quando nos propomos a sermos o melhor de nós mesmos compreendemos que existem coisas que simplesmente não faremos. Entre se alistar no exército para travar lutas e matar em nome de uma causa que não me convence, posso escolher fugir, ou em último caso não fazer nada, ou posso simplesmente decidir que nada vale o assassínio de outro ser humano. Certas atitudes estão abaixo da minha dignidade. Compreender a grandeza de sermos humanos engloba, também, compreender e respeitar os limites inerentes a essa condição, principalmente os que nos impomos, aqueles que constroem nosso caráter.<br /><br />Toda nossa sociedade, odiernamente, parece construída em prol do desmantelamento do caráter humano. E isso serve, claramente, a um interesse. Porque muito dinheiro e muitos recursos são dispendidos para isso. Para evitar que certas perguntas sejam feitas.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">Perguntas e perspectivas</span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdOf0XvkX7F0IesJhUoOzLmRUfwlYqnNE_vhwpo00WmWt7it8fsAaIRl1FBDA80WZIfaAFTKr9c3fpJ5lnrD3a-pb-mJ8cBoTApMwySJp-vEEqcQ10sNQE_Fj8UeZF6lOgr7tAQu7xcB2v/s1600/aret%25C3%25A9etim%25C3%25A90006.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdOf0XvkX7F0IesJhUoOzLmRUfwlYqnNE_vhwpo00WmWt7it8fsAaIRl1FBDA80WZIfaAFTKr9c3fpJ5lnrD3a-pb-mJ8cBoTApMwySJp-vEEqcQ10sNQE_Fj8UeZF6lOgr7tAQu7xcB2v/s200/aret%25C3%25A9etim%25C3%25A90006.jpg" width="196" /></a></div>Existem perguntas que amedrontam aos que vivem de amedrontar diariamente, televisivamente, midiaticamente. Por exemplo: O que faríamos se soubéssemos o que somos capazes de fazer? Que seres humanos seríamos e que atitudes consideraríamos "abaixo da nossa dignidade"? Engolir a seco que todos querem competir comigo, que não se pode confiar em ninguém e que o mundo é dos mais "espertos"? Talvez essas idéias fossem risíveis.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color: #741b47;">Um restaurante de outro planeta, em Botafogo</span><br />Outro dia fui a um restaurante de comida natural em Botafogo. Uma amiga produtora de cinema me apresentou o espaço. Completamente imerso num terreno pessoal, parecíamos estar em uma casa da Ilha Grande. O interessante mesmo do espaço, para além da comida deliciosa e do suco de laranja com gengibre, era a forma de pagar. No centro do restaurante, à vista de todos os clientes, havia uma caixa de madeira, aberta. Dentro dessa caixa haviam notas de cem, cinquenta, vinte, até dois reais. À hora de pagar a conta pedi que fechassem para mim e o gerente me trouxe um papel com o total e saiu. minha amiga me levou até aquela caixinha, no centro do restaurante e paguei com uma nota de cinquenta, tirando o troco das notas dentro da caixa. A cena toda me pareceu completamente surreal, e foi quando eu percebi também, que não tenho uma boa imagem do homem. Que paguei e peguei o troco certo e também me preocupei se todos fariam o mesmo depois de mim, ou tinham feito o mesmo antes. Meus pensamentos me constrangeram mais que os olhares ao redor e comecei a repensar a imagem que tenho do ser humano. Perguntei ao gerente se aquela forma de pagamento não havia dado problema. A resposta dele foi: "Menos que com Visa", e pediu licença para atender uma mesa e saiu rindo. Ele deve estar acostumado com o estranhamento.<br /><br />E você? Como tem pensado sobre o homem? Que tipo de imagem têm acerca dos seres humanos? Como essa imagem modifica e condiciona seu comportamento, sua vida, sua história? Como seria enxergar a dignidade e a seriedade de cada um?<br /><br />Texto: Renato Kress<br />Diretor do <a href="http://www.institutoatena.com/">Instituto ATENA</a>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-24800730259993397952011-04-15T11:22:00.000-07:002012-04-20T11:01:01.088-07:00Crer no HomemRenato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-7303066675097416722011-04-13T16:22:00.000-07:002011-04-13T16:22:03.617-07:00Estratégia Social XXXIX<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJZJdkSme2_Aq31lp-Nsl9n2CEe4-LxCcdGQc6vekLze4F1yuu7JpdwMjNlpZozkudot4jS7iJbGI4DsB29Nqy7f11fwm2suCTVaw-iTsc9TNg5icdWT2jgTWLcutmv3aRD87PuDQAICjU/s1600/estrategia.01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJZJdkSme2_Aq31lp-Nsl9n2CEe4-LxCcdGQc6vekLze4F1yuu7JpdwMjNlpZozkudot4jS7iJbGI4DsB29Nqy7f11fwm2suCTVaw-iTsc9TNg5icdWT2jgTWLcutmv3aRD87PuDQAICjU/s200/estrategia.01.jpg" width="141" /></a></div>Autoridade Nata<br />
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Baltasár Gracián: É de uma força superior, secreta. Não deve emanar de artificialismo enfadonho, mas de um domínio natural. Todos se submetem a ela sem saber por quê, reconhecendo o secreto vigor da autoridade nata. Tais pessoas têm um caráter altivo: reis por mérito, leões por direito natural. Cativam o respeito, o coração e até a mente dos outros. quando abençoados com outros dons, nascem para ser excelentes políticos. São capazes de realizar mais com uma insinuação do que outros com prolixidade.<br />
<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA:</a> Alguns indivíduos possuem tal força de caráter e tal expressividade na linguagem que comunicam naturalmente sua dominância aos demais. Isso independe de tratarmos de um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mahatima_Ghandi">Ghandi</a> ou de um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mobutu_Sese_Seko">Mobutu</a>. Cabe aos de valores humanitários e de caráter íntegro exercitarem-se na arte de expressar seus valores, acreditando na grandeza do ser humano e nas possibilidades de ação e criação de que somos imbuídos. A autoridade é um exercício interno e externo, um exercício de integração da personalidade com a atitude, tal qual a liderança.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-16539519170919838062011-04-05T06:19:00.000-07:002011-04-12T11:12:37.831-07:00Estratégia Social XXXVIII<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdgGyEHA2TZ7ANL3VsADESmfe9IU4ksvMR6mAOhmWx8awd6K45-i2z-UAGUUdVI4CDPZx3oeHEgtJ9HA6slWoPkdDwF4WbmDRj62TBSLx7JzcEsdkblxl2jW0N3-xxfM495cayak1aAUQv/s1600/logo04.1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdgGyEHA2TZ7ANL3VsADESmfe9IU4ksvMR6mAOhmWx8awd6K45-i2z-UAGUUdVI4CDPZx3oeHEgtJ9HA6slWoPkdDwF4WbmDRj62TBSLx7JzcEsdkblxl2jW0N3-xxfM495cayak1aAUQv/s200/logo04.1.png" width="158" /></a><b>Nunca exagerar</b><br />
<b><br />
</b><br />
Baltasar Gracián: Não é sensato usar superlativos. Ofendem a verdade e desabonam o seu discernimento. Ao exagerar, desperdiçamos nossos elogios e mostramos limitação de conhecimento e gosto. O louver desperta a curiosidade, atiça o desejo e, mais tarde, quando se percebe que os bens foram superestimados, como acontece muitas vezes, a esperança traída vinga-se menosprezando o elogiado e aquele que elogiou. Os cautos têm comedimento, preferindo pecar pouco a muito. Raras são as eminências, portanto tempere sua apreciação. A ênfase é uma forma de mentir. Pode arruinar nossa reputação de bom gosto e, ainda pior, de sabedoria.<br />
<br />
<a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA</a>: O uso excessivo de superlativos termina por banalizar o fenomenal e por superestimar o medíocre. A comunicação se perde num nivelamento idêntico de todos os assuntos, pessoas e experiências. Nem tudo é incrivelmente fantástico ou pessimamente horrendo e não é necessário ter uma opinião bombástica sobe um assunto de menor importância. O pior que pode ocorrer nos exageros é perdermos a sutil e poderosa capacidade de surpreender.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-57818161538519268682011-03-31T15:21:00.000-07:002012-04-20T11:01:01.130-07:00Simetria e energia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEianA9P6-f-kxzLH4GPVYYk2qb5P6_3IVk1h29l-atiwSDymhxP7KNcZJuHRHSiV6mLUt6JEitmyo3S1qX_IxzcsE6GO_Ern6nZdpblP5jqOpt4HrFV3bY-OHnBjfHVgfFVOS56mKKtxR_7/s1600/aretetime003.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEianA9P6-f-kxzLH4GPVYYk2qb5P6_3IVk1h29l-atiwSDymhxP7KNcZJuHRHSiV6mLUt6JEitmyo3S1qX_IxzcsE6GO_Ern6nZdpblP5jqOpt4HrFV3bY-OHnBjfHVgfFVOS56mKKtxR_7/s200/aretetime003.jpg" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span><br /><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: purple;">Pense num católico rezando com as mãos espalmadas, num judeu com os dedos entrecruzados... num monge indiano meditando, agora num muçulmano rezando em direção a Meca... notou uma coisa? Simetria! </span>Todos eles estão em posição simétrica, se você passar uma linha vertical dividindo seus corpos ao meio as duas metades serão sempre idênticas e simultaneamente opostas. Rezar, meditar, é buscar sempre o centro. Observe isso e procure sempre ser o centro dentro de você, ou estar em sintonia com esse centro.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtlQ6y588RTp1k7mD-44WcpZOpcqZRTscf2q8YqKahI0zGDYPUCydi_7NMEV7BKm4nxK6__mZz_-xe0JlSU9JgqzXwMNhsdDul-f4LYawS636q4GqqACt2IDIB98e-G4CMjoH2EHyDf48o/s1600/aretetime004.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtlQ6y588RTp1k7mD-44WcpZOpcqZRTscf2q8YqKahI0zGDYPUCydi_7NMEV7BKm4nxK6__mZz_-xe0JlSU9JgqzXwMNhsdDul-f4LYawS636q4GqqACt2IDIB98e-G4CMjoH2EHyDf48o/s200/aretetime004.jpg" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif;">Energia</span><br /><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif;">A natureza da energia é mudança, ela flui, fluiu e vai fluir eternamente, nossa única forma de adquirir potência é justamente garantir que essa energia esteja circulando através do nosso centro, dos nossos critérios, do nosso equilíbrio interno. Caso contrário nos sentiremos sempre "fora do eixo".</span><br /><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif;"><br /></span><br /><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif;">Flutuação e centro</span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHsm7PJ9-OhnZvya1JbxlJVWqWC9nNXf9RkMykdiZaJ9sN1Qeq6NgTh7Wf9gTLwCxOCniZj5r7JKg5n-_JZNKgDeIYEeiayfdtD_CMi_TZiUgR4GADrt-8WX4z4tHRpthnf-FYLm51xdlZ/s1600/aretetime005.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHsm7PJ9-OhnZvya1JbxlJVWqWC9nNXf9RkMykdiZaJ9sN1Qeq6NgTh7Wf9gTLwCxOCniZj5r7JKg5n-_JZNKgDeIYEeiayfdtD_CMi_TZiUgR4GADrt-8WX4z4tHRpthnf-FYLm51xdlZ/s200/aretetime005.jpg" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;">Você tem diferentes humores? Então você flutuações energéticas! Ótimo, isso é sinal de que você está vivo e que opera mudanças ao longo da sua vida. Só o universal e estagnado são os realmente patológicos e problemáticos. O que importa é conseguir controlar o fluxo dessas energias inevitáveis porque necessárias à vida. Como dizia Heráclito de Éfeso: "Panta rei", "tudo flui". A natureza da vida é mudança, mas o fato de que mudanças são inevitáveis não é suficiente para concluirmos rasteiramente que qualquer mudança é benéfica. Muitas mudanças podem ser péssimas e cabe a nós operarmos, nesse momento, as novas mudanças necessárias ao reestabelecimento de um equilíbrio chamado "equilíbrio dinâmico" que é o equilíbrio natural dos processos saudáveis da vida.<br /><br />Equilíbrio dinâmico<br />Experimente andar devagar. Experimente andar absurdamente devagar, mais lento do que em uma câmera em "slow motion". Você se sentirá desequilibrado entre os passos. Sequer percebemos que qualquer movimento, mesmo o simples ato cotidiano de caminhar, requer um "desequilíbrio" inicial para que seja efetuado. É o mesmo que tentar levantar da cadeira, em que provavelmente você está agora, sem tirar suas costas da cadeira. Só usando os músculos do quadríceps para levantar, sem o auxílio de um "desequilíbrio" inicial da lombar e do abdômen, é impossível. Tente e divirta-se à vontade.<br /><br />O equilíbrio dinâmico opõe-se à idéia de equilíbrio estático, de estabilidade, rigidez e fixidez. Ele é uma característica inevitável, porque indispensável à vida. Estamos constamente tendo nossos corpos refeitos por células que morrem e dão lugar a novas células que nascem para morrerem em alguns dias. </span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;">Filtros</span></span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYr4a0Dzw_UUyn2x5GRTI1_6BNjDvBBRelDB0wuOSn6scX8IULQDudKjjA9DZF388HWa_241H-BiMIHcO7NRwwV1RxMxlPbxNPUZDxXD1frVkArEHvon8Sb08oYpFvw6H4ZTgq5TYZ2QZ9/s1600/aretetime006.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYr4a0Dzw_UUyn2x5GRTI1_6BNjDvBBRelDB0wuOSn6scX8IULQDudKjjA9DZF388HWa_241H-BiMIHcO7NRwwV1RxMxlPbxNPUZDxXD1frVkArEHvon8Sb08oYpFvw6H4ZTgq5TYZ2QZ9/s200/aretetime006.jpg" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;">Já que o fluxo de energia é inevitável, como a mudança e o desequuilíbrio, mesmo que momentâneo, o que nos interessa é saber administrar bem essa troca inevitável de energias, de vida, esse fluxo de que somos parte. Só a estruturação de um bom filtro, só um real conhecer-se a si mesmo, é capaz de orientar o fluxo energético de que somos compostos em direção a nossas metas, alicerçadas em nossos valores e crenças.</span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;">Texto: Renato Kress<br /><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;"><br /></span></span>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-42342068217796983872011-03-29T10:04:00.000-07:002011-03-29T10:52:01.642-07:00Estratégia Social XXXVII<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8rBM_8f2yd4OrkNe8_STG1_3LziO4F9zNxqKmsxWpNdMzDzsVCcQJLz_AHWuka4G59hnCFAMKx0IVz1UHKG1mK_o2vfRQPKKeIJAFZ0lacp99BJtMErPCQ49fzaJTCPemZYwjlugnLHyH/s1600/logo.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8rBM_8f2yd4OrkNe8_STG1_3LziO4F9zNxqKmsxWpNdMzDzsVCcQJLz_AHWuka4G59hnCFAMKx0IVz1UHKG1mK_o2vfRQPKKeIJAFZ0lacp99BJtMErPCQ49fzaJTCPemZYwjlugnLHyH/s200/logo.png" width="158" /></a></div><b>Ter a simpatia dos outros</b><br />
<br />
<b>Baltasar Gracián:</b> É ótima conquistar a admiração geral, mas melhor ainda é conquistar a afeição. Depende-se, em toda parte, da sorte, o resto é esforço. Começa-se com aquela e continua-se com este. Não basta a excelência dos dotes, embora se suponha com frequência que é mais fácil ganhar afeto depois de se ganhar a estima. A benevolência depende da beneficência. Pratique todo tipo de bem: boas palavras e ações aidna melhores. Ame, para ser amado. É com cortesia que os grandes cativam os outros. Estenda primeiro a mão aos feitos e depois à pena. Da espada às letras, pois há também a simpatia dos escritores, e esta é eterna.<br />
<br />
<b><a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA:</a></b> De nada adianta enveredar pelo caminho fácil - e pouco meritório - da competição aberta a todo custo com todos e a todo tempo. Desperdiça-se energia, oportunidades e crescimento no vão afã de granjear um mérito egocêntrico que possui uma força gravitacional fortíssima no que tange a inimizades, desconfianças e ataques. Procure fazer sempre o bem a todos que lhe cruzarem o caminho, florear e embelezar sua passagem pela vida alheia para que cada vez mais pessoas se interessem a andar ao teu lado. Principalmente as de belo caráter, que nos instigam a seguir cada vez mais pelo caminho meritório onde boas forças se conjuguem na realização de tuas obras.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-33437656223174053922011-03-28T06:36:00.000-07:002012-04-20T11:01:01.103-07:00Revolução da Alma - Paulo Roberto Gaefke<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb4BJIDGNnoC7WqoC-ownflgyvBhbEZKEooFTTyQDZ4m96oBJnilj3cHESXo6THin8WhTilRKaXHj-jWWZE5l8W0ngPUqlSH_rtW_o0ogURsisEB0H8T-bQK2bIkBy_t5e0quY3-YIyK1r/s1600/arist%25C3%25B3teles001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb4BJIDGNnoC7WqoC-ownflgyvBhbEZKEooFTTyQDZ4m96oBJnilj3cHESXo6THin8WhTilRKaXHj-jWWZE5l8W0ngPUqlSH_rtW_o0ogURsisEB0H8T-bQK2bIkBy_t5e0quY3-YIyK1r/s1600/arist%25C3%25B3teles001.jpg" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. </span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida. </span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. </span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos: abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre. </span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está "pronto“ para ser feliz. </span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda. Critique menos, trabalhe mais. E não se esqueça nunca de agradecer. Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento </span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">(...)</span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida. A grandeza (da vida)não consiste em receber honras, mas em merecê-las <br /><br />Texto: Paulo Roberto Gaefke <br />Texto atribuído erroneamente na internet a Aristóteles.</span></span>Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3694495877843665715.post-64176951760512618192011-03-23T19:11:00.000-07:002011-03-29T10:52:35.633-07:00Estratégia Social XXXVI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUWy44EmtqCO1vNHF3z5aICFo7zgBzXtYFid0hAhZxnP_OYLO6MDod_2sizOLgUqUeILud_ufTRspnt5KUjLl_ROqBPxLjVwRYfn645C4XUglxjBjLQS4Hz4jbSyjPAGvMOz4xVPBk2oOQ/s1600/logo.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUWy44EmtqCO1vNHF3z5aICFo7zgBzXtYFid0hAhZxnP_OYLO6MDod_2sizOLgUqUeILud_ufTRspnt5KUjLl_ROqBPxLjVwRYfn645C4XUglxjBjLQS4Hz4jbSyjPAGvMOz4xVPBk2oOQ/s200/logo.png" width="158" /></a></div><b>Saber reconhecer o ponto de maturação no tempo certo e tirar proveito disso</b><br />
<br />
<b>Baltasar Gracián:</b> Todas as obras da natureza atingem seu ponto de perfeição. Até chegar ao ápice, enriquecem; daí em diante, minguam. Raras são as obras de arte que não podem ser aprimoradas. É próprio do bom gosto saber usufruir cada coisa quando atinge a perfeição. Nem todos podem, e nem todos os que podem sabem como. Mesmo os frutos do intelecto alcançam o ponto perfeito da maturação. Mas é preciso saber reconhecê-lo, para poder valorizá-lo e tirar proveito dele.<br />
<br />
<b><a href="http://www.institutoatena.com/">ATENA:</a></b> A vida é permeada de processos e fluxos. Esses fluxos alimentam processos produtivos diversos desde suas concepções até seus pontos de maturação. O mesmo processo produtivo pode ser "maturado" diversas vezes, mas uma vez perdida a oportunidade, o que mestre Maquiavel chamava de "occasione", as perdas podem ser irrecuperáveis. Eugène Delacroix dizia que necessitava estragar um pouco o quadro para ter certeza de que ele estava pronto. Mesmo os mestres tem dificuldade em observar o melhor período para a colheita dos esforços. Exercíte-se em observar a si, ao momento, à obra e ao contexto para que nunca lhe escape a melhor safra dos teus esforços.Renato Kress ®Ҝhttp://www.blogger.com/profile/10890289956530090856noreply@blogger.com0