terça-feira, 11 de junho de 2013

Estratégia social XLVIII: Nunca perder o controle

Baltasar Gracián: Grande ênfase deve pôr a prudência em não perder o controle. Assim se portam os grandes homens, pois a magnanimidade dificilmente se abala. As paixões são os humores da alma, e qualquer excesso indispõe a prudência. Se a moléstia sai pela boca, sua reputação estará em perigo. Tendo completo domínio de si próprio na prosperidade como na adversidade, ninguém irá censurá-lo, mas admirá-lo.

ATENA: Perder o controle é sair do eixo de forma desestabilizada. Ampliar a zona de ação das nossas potencialidades e talentos é, também, ampliar nossa consciência sobre quem somos, sobre o poder e a responsabilidade que temos perante os usos desse poder. Perder o controle é ampliar essa ação de forma desordenada, imprudente ou irresponsável. Um tempo de reestruturação interna é necessária, em todas as fases e mudanças da vida e é interessante que essa reestruturação seja pessoal antes de social, íntima antes de extrovertida. Perder o controle não é só arriscar cair no ridículo, mas principalmente regredir o nível da mente e dos atos, sujeitando-nos a todas as formas de punição direta ou indireta. Conheça seus pontos vulneráveis e fortaleça-os, um a um. Fortaleça também toda a arquitetura emocional capaz de sustentar teu ânimo. Lembre-se de que - ainda que em alguns contextos possa ser interessante teatralizar um pouco algumas respostas - nunca é interessante perder-se de si mesmo.