segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Estratégia Social XXXIII

Avaliar a sorte

Baltasar Gracián: Para poder agir e para se empenhar. É bobagem alguém de quarenta anos pedir saúde a Hipócrates e bobagem ainda maior pedir prudência a Sêneca. Reger a sorte é uma arte, seja esperando - pois ela às vezes não se apressa -, seja aproveitando-se dela quando é oportuna, embora nunca vá entender totalmente o seu proceder bizarro. Se a sorte o tem favorecido, prossiga com ousadia, uma vez que ela adora os ousados e, como uma mulher deslumbrante, os jovens. Se é um azarado, abstenha-se de agir. Retire-se e evite de falhar duas vezes. Se a dominou, você deu um grande passo à frente.

ATENA: Antes de qualquer empreitada há que se observar o quadro geral das questões periféricas envolvidas. Observe as circunstâncias ao redor e dentro. Aos otimistas é tão comum tomar decisões ou traçar metas observando apenas uma parte dos fatores, seja externa (bom momento no mercado, "bolhas" e "booms", circunstâncias estruturais facilitadoras, promoções etc) ou interna (boa saúde, disposição, entusiasmo), quanto aos pessimistas. A diferença está, sempre, no foco e o problema, sempre, no excesso. O otimista inveterado se joga do penhasco sem ver as pedras no fundo das águas, o pessimista crônico pode não sair do lugar por nada. Avaliar a sorte é observar a vida de forma sistêmica, integrada. Muito mais um exercício complexo do que uma simples idéia.

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