segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Estratégia Social XXVI

Não se dedicar a coisa sem reputação

Baltasar Grácian: Muito menos às quiméricas, que trazem mais desprezo que estima. O capricho fundou muitas seitas e o sensato deve fugir de todas elas. Há gostos extravagantes que abraçam tudo o que os sábios repudiam. Satisfazem-se com todo o tipo de singularidades e, embora isso os torne conhecidos, obtêm com mais frequência, o riso que o respeito. Mesmo a buscar a sabedoria, os prudentes devem evitar a afetação e a atenção pública, em especial nas questões em que podem se expor ao ridículo. Também, de nada adianta nomear tais questões. O desprezo geral já conhece todas.

ATENA: Quando temos uma meta em mente devemos sempre observar dois fatos singularmente importantes: primeiro devemos considerar que na atual velocidade das mudanças na contemporaneidade o tempo nem sempre é vasto, sendo em geral escasso para o cumprimento da tarefa à qual nos propusemos e, em segundo lugar, ao fato de que a meta é um marco, um pólo segundo o qual todas as demais tarefas podem ser consideradas "funcionais" ou "disfuncionais" à medida em que, respectivamente, nos aproxima ou afasta daquela proposta de destino escolhida. Nessa perspectiva podemos compreender a "coisa sem reputação" de Gracián como uma coisa "disfuncional", que ou nos afasta da meta proposta ou, na melhor das hipóteses, nos faz perder tempo e, consequentemente, oportunidades.

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