segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Estratégia Social XXII

Descobrir o ponto fraco de cada um

Baltasar Grácian: A arte de influenciar a vontade do outros envolve mais habilidade que determinação. É preciso saber qual a porta de acesso. Cada vontade tem seu foco de interesse; varia de acordo com o gosto. Todos são idólatras: uns da estima, outros do dinheiro, e a maioria do prazer. A manha consiste em identificar os ídolos capazes de motivar os indivíduos. É como possuir a chave do querer alheio. É preciso atingir a motivação básica, que nem sempre consiste em algo elevado e importante. A maioria das vezes é mesmo muito baixo porque no mundo existem mais desordenados do que disciplinados. Primeiramente, avalie a índole; então toque no ponto fraco. tente-o com o objeto de sua afeição e infalivelmente dará xeque-mate no seu arbítrio.

ATENA: Suponhamos que a minha mente seja um país e que a tua mente seja outro país. A única forma de transladar uma idéia, um projeto, um sentimento para os territórios da mente alheia é conhecer-lhe bem a topografia, os costumes das gentes do lugar, seus valores e crenças. Entre a minha mente e a mente do outro há sempre uma divisão gigantesca que pode ser galgada por encruzilhadas ou atalhos. É conhecendo o outro, importando-nos com o outro, realmente nos interessando pelo outro que podemos mesmo levar algo para ele, quando ele se voltar para retribuir nosso interesse. Observe cautelosamente, aproxime-se de mãos estendidas. O abraço foi criado não só para aconchegar o peito, mas para mostrar as mãos nuas de armas. Para que você possa ser aceito, quando exportar tuas idéias para um país vizinho, procure ser bem visto nesse país, conhecer-lhe os valores e a quais deuses (interesses) os nativos de lá prestam homenagem.

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