Baltasar Grácian: A perfeição não está na quantidade, mas na qualidade. As coisas muito boas sempre foram poucas e raras; a abundância traz desvalorização. Mesmo entre os homens, geralmente os gigantes são os verdadeiramente anões, alguns elogiam o livro por seu volume, como se fossem escritos para exercitar os braços, e não a cabeça. A extensão por si só nunca nos leva além da mediocridade, e a sina dos homens universais pelo desejo de tudo entenderem é não serem versados em nada. A intensidade leva à excelência, e em assuntos de grande importância é heróica.
ATENA: Existe uma harmonia que se empreende naturalmente quando nossa meta é bem definida. Quem estrutura radicalmente (a partir da raiz) sua meta, compreende em que pontos disciplinas e habilidades em outros campos do saber podem servir como instrumentos para se ampliar o espectro de visão sobre essa meta ou para acelerar a obetnção dessa meta. Quem bem conhece sua meta empreende a jornada instrumentalizando vários saberes de outras áreas, mas nunca perdendo de vista seu lugar, sua formação-base e seu foco. A partir daí a "quantidade" de habilidades diversas simplesmente converge para um único ponto. Isso é estratégia. O resto é como Gracián escreveu: "...a sina dos homens universais pelo desejo de tudo entenderem é não serem versados em nada."
Nenhum comentário:
Postar um comentário