Alcançar a perfeição
Baltasár Gracián: Ninguém nasce perfeito. Deve se aperfeiçoar dia a dia, tanto pessoal quanto profissionalmente, até se realizar por completo, repleto de dotes e de qualidades. Será reconhecido pelo requintado gosto, inteligência aguda, intenção clara, discernimento maduro. Alguns nunca se realizam, falta-lhes sempre alguma coisa. Outros requerem um longo tempo para se formar. O homem completo - sábio na expressão, prudente nas ações - é aceito, e até desejado para privar do seleto grupo dos discretos.
ATENA: O que se considera, aqui, como "perfeição" é o agir discreto, algo muito próximo da concepção chinesa de não-ação, oriunda da filosofia política e econômica de raiz taoísta. Seguir o fluxo das ações para apenas influenciá-lo no momento em que, simultaneamente, nós empreendamos o menor esforço possível para conseguir o maior resultado dando a menor impressão de termos influenciado no processo. É algo sublime que poucos líderes e estrategistas conseguem. Numa metáfora musical seria como o improviso no Jazz, sem que deixemos de ouvir e reconhecer, todos, a mesma música.
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